18 de Abril de 2024 - Ano 10
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15/12/2018

'João de Deus se entregará, mas não posso falar quando e nem onde', diz advogado

Foto: Reprodução

O advogado Alberto Toron, que representa João de Deus, disse na manhã deste sábado, 15, ao G1, que o médium irá se entregar à Polícia Civil, mas evitou falar sobre quando ou onde isso irá ocorrer. A Justiça decretou a prisão preventiva do líder espiritual por conta de mais de 300 denúncias de abuso sexual feitas por mulheres que o procuraram para receber atendimento. João de Deus sempre negou as acusações.


O que a defesa pode te falar com certeza é que João de Deus se apresentará, mas não posso dizer quando e nem onde", disse o advogado.


À TV Globo, quando questionado se João de Deus se apresentaria em Goias, ele disse: "Eu preciso pensar. Mas, a princípio, em Goiás. Talvez não no prazo, mas em respeito a ordem do juiz"


À TV Anhanguera, o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes, havia dito que o médium tem que se entregar até as 12h de sábado, 15, para que não seja considerado foragido.


Porém, uma agente do plantão da polícia informou que a corporação o espera até pelo menos às 14h.


Fernandes também destacou que, até a noite de sexta-feira, 14, os policiais já tinham procurado João de Deus em mais de 20 endereços, mas não tinham encontrando-o.


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A força-tarefa do Ministério Público divulgou que já recebeu 335 mensagens e contatos por telefones de mulheres que denunciam o médium por abuso sexual. Os relatos chegaram de pessoas de seis países diferentes, além de 13 estados do Brasil e o Distrito Federal.


O advogado de defesa, Alberto Toron, já havia dito que teve acesso à decisão de prisão apenas no início da noite de sexta-feir, 14, e que vai pedir um habeas corpus. Além disso, afirmou que apenas alguns depoimentos de poucas vítimas acompanham o pedido de prisão preventiva e que não há o nome das mulheres que denunciaram os casos.

 


João de Deus na Casa Dom Inácio, em Abadiânia,

Goiás, em foto de 2015 (Foto: Reprodução / TV)


Última visita à Casa


Na manhã de quarta-feira, João de Deus compareceu à Casa Dom Inácio de Loyola, onde realiza os trabalhos espirituais, pela primeira vez desde que as denúncias vieram à tona. Durante os poucos minutos que ficou no local, ele disse que era inocente e que confiava na Justiça de Deus e dos homens.


“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui. Ainda sou irmão de Deus, mas quero cumprir a lei brasileira porque estou na mão da lei brasileira. João de Deus ainda está vivo. A paz de Deus esteja convosco”, diz João de Deus.


A assessora de imprensa do religioso, Edna Gomes, afirmou, após as declarações, que o médium era inocente, mas que as denúncias eram graves e deveriam ser apuradas.

 


Primeira aparição pública de João de Deus após denúncias foi marcada

por tumulto e confusão (Foto: Paulo Giovanni / Futura Press / Estadão)

 

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Denúncias


O jornal "O Globo", a TV Globo e o G1 têm publicado nos últimos dias relatos de dezenas de mulheres que se sentiram abusadas sexualmente pelo médium. Não se trata de questionar os métodos de cura de João de Deus ou a fé de milhares de pessoas que o procuram.


O MP-GO e Polícia Civil investigam, de forma independente, a suspeita de crimes sexuais desde segunda-feira, 10, depois que o programa Conversa com Bial divulgou o relato de 10 mulheres que disseram ter sido abusadas sexualmente pelo médium.


A polícia informou que, até quinta-feira, 14, recebeu 14 denúncias formais contra João de Deus, sendo que 13 mulheres já foram ouvidas. Já o MP-GO contabiliza o contato de mais de 300 pessoas.

 

G1

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