'Operação Custo Politico' vazou e permitiu que os acusados presos escondessem dinheiro e joias

A operação policial desencadeada pela Polícia Federal na última quarta feira em Manaus deixou pouca certeza e muitas dúvidas.

Atingiu em cheio o núcleo administrativo do ex-governador José Melo, cassado por corrupção eleitoral, mas não sinalizou na direção do próprio político nem de outros nomes conhecidos como operadores da ladroagem do dinheiro público no estado do Amazonas.

Há mais de uma semana, não se falava noutra coisa em Manaus. Houve corrupto que mandou a família viajar e conseguiu até salvo conduto expedido pela própria Justiça.

Somas vultosas em dinheiro vivo e joias foram espalhadas em casas de parentes e amigos e o espetáculo da operação policial teve mais barulho que resultado concreto.

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Inegável que alguns figurões do governo de Eduardo Braga, Omar Aziz e José Melo foram alcançados, mas a pergunta que fica no ar é se os secretários recebiam propinas milionárias e se os seus ex-chefes não sabiam nem partilhavam da quadrilha organizada. É claro que sabiam e se beneficiavam do produto do roubo do dinheiro público.

Basta ver onde moram e como vivem os integrantes da classe política do Amazonas. Desde o mais humilde vereador aos ex-governadores, todos fizeram fortuna às custas do sofrimento e abandono do povo do Amazonas.

Especula-se que a nova investida da PF será sobre o núcleo político e jurídico da quadrilha chefiada pelo médico Mohamad Moustafá, que chegou ao estado do Amazonas pobre e tornou-se um dos homens mais ricos graças ao tráfico de influencia exercido nos bastidores do poder Executivo no palácio da Compensa.

Tomara que seja verdade e que todos os culpados sejam obrigados a devolver a fortuna desviada da Saúde pública do nosso estado.