19 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Curiosidade
17/09/2018

4 problemas que os médicos podem 'consertar' usando cola!

Foto: Reprodução

O próprio processo de cicatrização se encarrega de eliminar a cola

Foi-se o tempo em que cortes, ferimentos, hemorragias e outros problemas tinham que ser tratados com pontos ou outros métodos dolorosos — como os grampos.

 

Embora esses artifícios ainda não tenham sido completamente abandonados, afinal, há machucados e incisões que só podem ser sanados com suturas, a medicina avançou muito e já existem materiais que podem ser usados para “colar” ferimentos na pele e outros tecidos.


Na verdade, segundo Maria Trimarchi, do site How Stuff Works, a “cola” começou a ser desenvolvida no final dos anos 50, e passou a ser usada cirurgicamente na década de 70, durante a Guerra do Vietnam — quando os médicos aplicavam o material em soldados feridos para estancar hemorragias e ganhar tempo enquanto eles eram transportados dos campos de batalha para hospitais. De lá para cá, o emprego dessas substâncias ganhou mais espaço e, a seguir, você pode conferir alguns exemplos de como elas ajudam os cirurgiões a “consertar” problemas:

 

 Veja também 

Adolescentes passam tempo demais no celular – segundo eles mesmos, mostra pesquisa

 

1 – Cortes e ferimentos


Hoje em dia, nem todos os médicos “remendam” cortes e ferimentos mais superficiais com suturas. Muitos já usam um tipo de adesivo desenvolvido especialmente para esse fim — o 2-octil cianoacrilato — conhecido pelo nome comercial de Dermabond. Esse material é especialmente indicado para fechar lacerações na face, braços, pernas e torso, e sua aplicação dispensa a necessidade de anestesia e um possível retorno para remoção de pontos.

  


Segundo Maria, para “colar” o corte, o médico ou cirurgião simplesmente segura as extremidades do corte, aplica o Dermabond ao longo do machucado e depois de 20 ou trinta segundos o material seca e mantém o ferimento fechado. O próprio processo de cicatrização se encarrega de eliminar a cola, o que geralmente leva cerca de uma semana, mas também é possível remover o excesso dela com pomadas antibióticas e loções para a pele.


2 – Ossos


De acordo com Maria, o Dermabond também pode ser usado para colar ossos! Mais especificamente, o material pode ser empregado para fixar o esterno, o osso que fica na parte dianteira do peito, entre as costelas, protegendo o coração. Durante cirurgias cardíacas de “peito aberto”, essa estrutura precisa ser seccionada para que os médicos tenham acesso ao órgão e, para consertá-lo depois, quando possível, eles usam a bendita cola.

 


Estudos demonstraram que, além de tornar o pós-operatório menos traumático, o uso do Dermabond acelera o processo de cicatrização. Além disso, quando o material é usado inclusive nas suturas, a cola oferece 75% mais resistência do que os pontos convencionais e, como ela possui propriedades antimicrobianas, ela ajuda a reduzir o risco de infecções significativamente nos primeiros dias após a operação.


3 – Hemorragias


Segundo Maria, outra utilidade dos adesivos tópicos é a de controlar hemorragias, especialmente as que ocorrem em estruturas extremamente delicadas e de difícil acesso. Um exemplo de uso é em cirurgias realizadas para evitar que aneurismas — isto é, “bolhas” de sangue que se formam nas veias — cerebrais estourem e causem sangramentos potencialmente letais.

 


Durante o delicado procedimento, os cirurgiões criam uma espécie de êmbolo no interior da veia ou artéria afetada com o adesivo, cortando o fluxo sanguíneo e evitando, assim, que, caso ela estoure, ocorra uma hemorragia. Esse tipo de abordagem pode ser usado para tratar uma variedade de condições, incluindo algumas malformações em recém-nascidos, como é o caso do aneurisma da veia de Galeno e da malformação do seio dural.


4 – Em queimaduras


Dependendo da gravidade das queimaduras, os pacientes precisam receber enxertos de pele para evitar que tecidos internos e outras estruturas do organismo fiquem expostos e corram o risco de sofrer infecções e traumas. Além disso, esse tipo de tratamento também estimula a recuperação da área afetada e reduz a ocorrência de cicatrizes.

 

Fotos: Reprodução


De acordo com Maria, apesar de tradicionalmente os enxertos serem mantidos no lugar por meio de pontos e grampos, os médicos estão começando a usar adesivos para reduzir a dor e o trauma causado durante a remoção das suturas. O material usado nesses casos é uma substância sintética produzida a partir do plasma obtido através de doações de sangue e que simula uma proteína produzida pelo organismo e que funciona como uma cola biológica.

  

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.


Bônus


Curiosidade interessante:


A gente não podia deixar de incluir uma mega curiosidade descrita por Maria em seu artigo: segundo ela, foram os antigos egípcios quem desenvolveram o método de fechar ferimentos com o uso de agulha e linha, método esse que se assemelha bastante ao que continua em uso até hoje! Antes de essa civilização ter a ideia de “costurar” machucados, cortes e outras lacerações eram tratadas com coisas como teias de aranhas ou grampos feitos a partir das mandíbulas de insetos.


Mega Curioso

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.