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17/04/2015

Dias antes de matar dançarina, assassino desabafou em vídeo; veja!

Foto: Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

De acordo com Hugo Assumpção, advogado e amigo de Milton Severiano Vieira, um 'surto' foi o que motivou o acusado a matar brutalmente a dançarina Amanda Bueno

Dono de vans, Milton Severiano Vieira, de 32 anos, foi preso pelo assassinato da mulher, Amanda Bueno, de 29 anos, ex-dançarina dos grupos de funk Gaiola das Popozudas e Jaula das Gostozudas. Imagens do sistema de segurança, instalado por Vieira em casa três dias antes, flagraram o crime. Vieira foi indiciado por feminicídio, assassinato cometido contra mulheres em razão do gênero ou em decorrência de violência doméstica.

 

Em poder da polícia, as filmagens mostram que Amanda e Vieira começaram a discutir no fim da tarde de quinta-feira, 16, na casa em que viviam em Nova Iguaçu, cidade na Baixada Fluminense. O bate-boca vira agressão. Vieira a derruba e a seguir bate com a cabeça de Amanda violentamente no chão. Depois, a golpeia várias vezes com uma pistola. A dançarina desmaia no chão. Ele pega uma escopeta calibre 12 e dispara cinco vezes contra a cabeça da mulher.


As imagens do circuito interno de segurança e fotos do corpo da dançarina foram compartilhadas nas redes sociais.

 

A lei tipificando o crime de feminicídio foi sancionado em março deste ano pela presidente Dilma Rousseff. O delegado Fábio Salvadoretti, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), classificou as imagens como “cruéis a ponto de chocar até os policiais”. A polícia vai investigar se Vieira é ligado à milícia que atua na Baixada Fluminense e controla o transporte de vans.

 

 

Depois de matar a mulher, Vieira roubou o carro de um vizinho, policial militar. O criminoso chegou a disparar com a escopeta para intimidar o PM. Horas depois do crime, ele parou o Gol na Via Dutra (Rio-São Paulo), desligou o motor e apagou as luzes. Foi atingido por um carro.

 

Com o impacto, o Gol capotou. Preso às ferragens, Vieira estava com a pistola e a escopeta usadas no crime, além de mais duas pistolas e um revólver. Ele tinha porte intramuros, que só permite o uso de armas dentro de casa.


Segundo o advogado Hugo Assumpção, Vieira está “arrependido” e sabe que terá de “pagar pelo que fez”. O dono de vans teria “surtado” ao receber imagens pelo celular de uma suposta traição de Amanda. Assumpção negou haver ligação do cliente com a milicianos e disse que as vans são legalizadas.

 

Ele é uma pessoa centrada, que num momento de ira perdeu a cabeça. Ele toma remédios controlados e não poderia beber. O crime foi cometido porque várias circunstâncias infelizes se juntaram: as imagens que ele recebeu, a mistura de remédios com bebida e o porte de armas. Se fosse mais fiscalizado o acesso ao porte de armas, isso não teria acontecido. Não deveriam dar porte para quem tem surto psicopata”, afirmou Assumpção.

 

 

Vieira e Amanda já viviam juntos e ficaram noivos no último domingo, com festa para amigos. Assumpção disse que o cliente já havia tido outros surtos, mas jamais agredira a mulher. “Eles fizeram um boletim de ocorrência de mútua agressão, mas depois ela retirou a queixa.” Segundo o advogado, Vieira “sustentava” a família de Amanda - mãe e filha de 13 anos.

 

No Facebook, a cantora Valesca Popuzuda lamentou a morte da ex-colega. “Uma moça que teve seus sonhos interrompidos deixando amigos e família órfãos de seu sorriso e sua presença. Amanda, assim como muitas mulheres no mundo, foi vítima de violência doméstica. Existem donas de casas, advogadas, médicas que sofrem da mesma violência que Amanda sofreu. Infelizmente, o fim dela foi triste e de uma forma violenta e trágica. Fica meu respeito pela pessoa da Amanda, ficam as lembranças dos shows, as risadas nas viagens e a lembrança da garra que ela tinha em querer um futuro melhor para sua filha e sua mãe”, escreveu.
 

'Eu surtei e estou arrependido', diz noivo que matou dançarina

 

No vídeo gravado no fim de semana e no qual Milton desabafa sobre a discussão com Amanda, ele faz referências à gravação que seu irmão fez. "Muito triste e muito decepcionado com tudo que aconteceu de sábado para domingo. Todo mundo já ficou bêbado, mas eu estava dentro da minha casa e estava bêbado em cima dessa cama. Minha esposa ficou preocupada de eu estar passando mal e chamou uma pessoa que eu tenho um carinho.... tinha um carinho muito grande e um respeito muito grande, que no caso, é o meu irmão, porque ele mesmo sabe que eu estou com problemas particulares, e se colocou disposto a me ajudar em tudo", disse Miltinho no início do vídeo.

 

Em seguida, ele relata que foi "esculachado" pelo irmão, por estar acoolizado: "Ele me esculachou. Viu que eu estava alcoolizado, não estava consciente, estava indefeso, sem poder sequer reagir a qualquer atitude. Ele publicou para todo mundo, botou na net. Isso, meu parceiro, é atitude de comédia, isso é atitude de covarde", desabafou.


De acordo com Hugo Assumpção, advogado e amigo de Milton Severiano Vieira, um 'surto' foi o que motivou o acusado a matar brutalmente a dançarina Amanda Bueno.


Ainda transtornado, Milton acrescentou: "Nunca te sacaneei e nunca deixei ninguém te sacanear, não. Essa atitude que você fez não é de um advogado, não é a atitude de um sujeito homem, não. Isso é molecagem). Eu estava aqui na minha casa, bebi, mas não fiz mal a ninguém. E você entrou como uma serpente. Veio aqui, tirou onda com a minha cara, e publicou. Isso é atitude de moleque. Eu se eu fosse você, tinha vergonha".

 

A morte da dançarina chocou toda a população nesta sexta-feira. A câmera de segurança instalada no jardim da mansão do assassino esta semana flagrou o exato momento em que Milton matou a mulher, de quem havia ficado noivo no último domingo.

 

Nas imagens de conteúdo forte, Miltinho aparece derrubando Amanda no jardim da mansão no bairro da Posse, em Nova Iguaçu. Em seguida, ele bate a cabeça da dançarina no chão inúmeras vezes e ainda lhe dá coronhadas, mesmo com a vítima desacordada. Logo depois, ele entra no imóvel, e volta com uma escopeta calibre 12 e desfere vários tiros na cabeça da vítima. O crime aconteceu no final da tarde de quinta-feira.

 

Vídeo: Dias antes de matar dançarina, assassino gravou desabafo

 

O delegado disse que o crime foi motivado após uma discussão entre o casal. Amanda teria descoberto uma relação extraconjugal do companheiro. Ainda de acordo com Fábio Salvadoretti, Milton tinha duas passagens pela polícia por crime de violência doméstica. Ele revelou que duas ex-mulheres do acusado estiveram na DHBF e traçaram o perfil de comportamento do empresário de vans como um homem agressivo, principalmente quando fazia uso de bebida alcoólica. A polícia acredita que ele estivesse sob efeito de álcool no momento crime.



Fonte: O Dia

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