20 de Abril de 2024 - Ano 10
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21/08/2014

Funcionário da Petrobras morre em acidente na refinaria de Manaus

Foto: Reprodução

Foi a sexta ocorrência em unidades da empresa em uma semana

O funcionário da Petrobras Antônio Rafael Santana, vítima de um acidente na refinaria Renam, em Manaus, morreu nesta quarta-feira, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), sindicato que representa os trabalhadores da companhia. Segundo a entidade, o acidente foi o sexto em uma semana, em diferentes refinarias da empresa, evidenciando uma piora das condições de trabalho nas unidades da companhia.


O operário, de 26 anos, sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau em 75% do corpo após gases de um tanque de resíduos de água e óleo pegar fogo. Ele inspecionava uma bomba defeituosa no momento do acidente, segundo informações da FUP. Antônio ficou ficou internado por quatro dias, mas não resistiu aos ferimentos.


A Petrobras afirmou que está prestando assistência à família e estabeleceu uma comissão para investigar o acidente.


Além da ocorrência que causou a morte de Antônio Rafael, pelo menos outras cinco foram registrados em diferentes unidades da empresa. Também no sábado, um operário da Reduc, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, sofreu lesões no rosto, pescoço e olhos, após ser atingido por petróleo a 180 graus.


Na mesma refinaria, ocorreram outros três acidentes no início da semana, confirmou a Petrobras. Na segunda-feira, mais um trabalhador sofreu queimaduras no pescoço e nos ombros na refinaria de Cubatão, em São Paulo. Todos passam bem, segundo a companhia.


Os acidentes não afetaram a produção da Petrobras, informou o sindicato. Segundo a FUP, as refinarias da empresa estão operando a mais de 95% da capacidade, em um esforço para reduzir as importações de petróleo, que vêm pressionando o caixa da companhia.


Funcionários pedem mais segurança


Segundo o levantamento do sindicato, foram registrados 18 acidentes em refinarias neste ano. Incluindo o caso de Antônio Rafael, já são seis mortes contabilizadas. Desde 1995, 335 funcionários da empresa, incluindo terceirizados, faleceram por causa de acidentes de trabalho, de acordo com a FUP.


O sindicato afirma que os problemas indicam que falta segurança para trabalhar nas refinarias. Entre as demandas, estão o aumento dos investimentos em manutenção e a redução do número de terceirizados.


— É a combinação entre sobrecarga e aumento de produtuividade. É uma sequencia de acidentes que tem acontecido e, infelizmente, a fatalidade é consequencia natural — diz Silvaney Berardi, diretor de saúde e segurança da FUP. Petrobras ainda não se manifestou sobre a alegação da FUP de que os investimentos em manutenção teriam sido cortados.


Fonte: globo.com

 

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