28 de Marco de 2024 - Ano 10
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Internacional
01/02/2015

Presidente chilena propõe fim de proibição total do aborto

Foto: Reprodução / Internet

Em um discurso transmitido pela televisão, a presidente afirmou que a proibição do aborto põe em risco as vidas de milhares de mulheres chilenas todos os anos

A presidente chilena Michelle Bachelet anunciou planos de pôr fim à proibição total do aborto no país, de maioria católica.


Bachelet apresentou ao Congresso um projeto de lei para descriminalizar o aborto em casos de estupro, em casos de ameaça à vida da mãe ou de inviabilidade do feto.


Atualmente, mulheres que fazem aborto podem enfrentar até cinco anos de prisão no Chile.


Em um discurso transmitido pela televisão, a presidente afirmou que a proibição do aborto põe em risco as vidas de milhares de mulheres chilenas todos os anos.


"Os fatos mostram que a criminalização absoluta do aborto não impediu a prática. É uma situação difícil e devemos enfrentá-la como um país maduro", afirmou.


O correspondente da BBC no Chile, Gideon Long, diz que o projeto enfrenta a oposição da Igreja Católica chilena, de conservadores no Congresso e até mesmo de parte da coalizão da própria Bachelet, liderada pelo Partido Socialista.


Proibição da era Pinochet


A proposta de Bachelet permitiria que o aborto fosse feito até a 12ª semana de gravidez apenas nos casos específicos em que ele é permitido.


Para garotas com até 14 anos, o procedimento seria legal até a 18ª semana. Segundo a presidente, meninas mais jovens podem levar mais tempo para perceber que estão grávidas.


A proibição total do aborto foi instituída em 1989, em um dos últimos atos da ditadura de 17 anos do general Augusto Pinochet.


"O Chile tinha uma tradição importante de leis e saúde pública, que foi interrompida arbitrariamente nos últimos dias da ditadura", afirmou Bachelet.


"Doze projetos (para descriminalizar o aborto) foram apresentados à Câmara dos Deputados e ao Senado desde 1991."


Pesquisas de opinião indicam que a maioria dos chilenos apoiam a legalização do aborto proposta por Bachelet, mas propostas anteriores foram rejeitadas no Congresso.


A maior parte dos países latino-americanos limitam o acesso aborto. A prática é totalmente proibida em sete deles: El Salvador, República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Haiti, Suriname e Chile.

 

Fonte: IG Mundo

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