19 de Abril de 2024 - Ano 10
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19/08/2014

Procurado há três anos, ex-médico Roger Abdelmassih é preso no Paraguai

Foto: Divulgação/Secretaria Nacional de Antidrogas do Paraguai

Ex-médico Roger Abdelmassih foi preso na tarde desta terça-feira no

O médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos por 52 estupros e quatro tentativas de abuso a 39 mulheres e foragido da justiça há três anos, foi preso na tarde desta terça-feira. A prisão ocorreu por volta de 13h perto da escola onde Abdelmassih ia deixar os filhos, junto com a mulher Larissa, no Paraguai, e foi confirmada pela Polícia Federal (PF), em Brasília. A prisão aconteceu em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad).


Abdelmassih vivia em Assunção, capital do Paraguai, com a mulher e dois filhos gêmeos, de três anos — um menino e uma menina. Ele chegou no fim da tarde a Foz do Iguaçu, no Paraná, e provavelmente será levado na tarde desta quarta-feira para São Paulo.


Segundo autoridades paraguaias, Abdelmassih e a mulher viviam em uma luxuosa residência no bairro San Cristóbal, na capital daquele país. O médico estaria há alguns meses no Paraguai e, antes, teria passado por países da Europa e do Oriente Médio.


O médico foi denunciado pela primeira vez em 2008, por uma ex-funcionária, e foi preso em 2009. No entanto, obteve o direito de responder ao processo em liberdade, graças a um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.


Ele estava foragido desde janeiro de 2011 e listava entre os dez mais procurados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. Também estava no rol da Interpol. Os bens da família, um total que seria de R$ 18 milhões, estão bloqueados na Justiça.


Pouco antes de o médico fugir, sua defesa chegou a protocolar um pedido de retenção do passaporte no Supremo Tribunal Justiça (STF), como forma de demonstrar que ele não tinha intenção de sair do Brasil. No entanto, a medida não impediu a fuga de Abdelmassih. Durante o período em que ficou foragido, a defesa chegou a apresentar pedidos de habeas corpus em nome do médico, mas todos foram negados.


Depois da primeira denúncia, dezenas de pacientes com idades entre 30 e 40 anos disseram ter sido molestadas na clínica do médico, sempre quando estavam sozinhas e, algumas vezes, após serem sedadas. O médico sempre negou ter praticado os crimes sexuais contra ex-pacientes.


A prisão do médico, segundo o Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, aconteceu após promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Bauru, no interior paulista, iniciarem investigação para apurar novos crimes praticados por Abdelmassih, entre eles favorecimento pessoal, falsidade ideológica e falsidade material.


De acordo com o MPE, documentos apreendidos em uma fazenda em Avaré, no interior de São Paulo, interceptações telefônicas e uma análise da movimentação financeira no entorno de Abdelmassih levaram à informação de que ele estaria em Assunção, no Paraguai.


- Não bastasse a gravidade das condutas em face das vítimas, havia também evidente manifesto de descaso com a própria Justiça, com a fuga - disse o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa.
A polícia continuará investigando a rede estabelecida em torno do ex-médico e que possam ter cometido crimes para ajudá-lo na fuga.


- Aqueles que eventualmente tenham praticado crime de falsidade ideológica, por exemplo, poderão vir a responder na Justiça. O procedimento tem continuidade para apurar se isso aconteceu - disse Rosa.


A chegada de Abdelmassih a São Paulo está prevista para as 13h desta quarta-feira. Depois de desembarcar no Aeroporto de Congonhas, ele será submetido a exame de corpo delito no Instituto Médico Legal (IML) e levado para estabelecimento prisional, a ser definido.

 

Fonte: globo.com

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