Outro soldado foi ferido em operação que tinha como foco líder do Estado Islâmico
O Pentágono informou nesta sexta-feira que dois membros das forças especiais americanas morreram após possivelmente terem sido atingidos por fogo amigo em uma operação que tinha como alvo o líder do Estado Islâmico no Afeganistão.
O porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, disse à imprensa que o Exército estava investigando se os dois militares, mortos na quarta-feira, foram atingidos por tropas americanas ou afegãs que participaram do ataque, e que as mortes parecem ter sido acidentais.
Os mortos foram identificados pelo Pentágono como os sargentos Joshua Rodgers, de 22 anos, e Cameron Thomas, de 23. Um terceiro militar foi ferido durante a operação. Davis revelou que o alvo da tropa era Abdul Hasib, considerado o emir do Estado Islâmico no Afeganistão. O Exército americano suspeita que ele foi morto na operação, mas a informação ainda não foi confirmada.
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A operação começou às 10h30m (horário local) na quarta-feira, perto da fronteira com o Paquistão, e em minutos 50 soldados americanos e 40 afegãos ficaram sob fogo cerrado vindo de múltiplas direções.
— Foi durante esses momentos iniciais do ataque que os dois soldados foram atingidos mortalmente. Nós estamos investigando as circunstâncias das mortes. É possível que eles tenham sido atingidos por fogo amigo — disse Davis.
O combate continuou por três horas, com militantes do Estado Islâmico disparando de um complexo fortificado e de um sistema de túneis. A operação envolveu drones, aviões e helicópteros. O porta-voz informou que o Pentágono acredita que cerca de 35 combatentes do Estado Islâmico foram mortos. As forças americanas e afegãs foram retiradas da área às 3h de quinta-feira.
O ramo do Estado Islâmico no Afeganistão, chamado pelo grupo de Província de Khorasan, é suspeito de ter realizado vários ataques contra alvos muçulmanos xiitas. Para autoridades dos EUA, as informações da Inteligência sugerem que o Estado Islâmico está baseado principalmente em Nangarhar e na vizinha província de Kunar. As estimativas de sua força no Afeganistão variam. Os EUA acreditam que o movimento tenha apenas 700 combatentes, mas autoridades afegãs estimam em cerca de 1.500.
O Globo