Somando mortos e feridos, 5.122 foram afetados no primeiro semestre do ano
No primeiro semestre de 2018, o Afeganistão bateu um novo recorde de civis assassinados, anunciou neste domingo, dia 15, a Organização das Nações Unidas (ONU). E isso aconteceu mesmo tendo havido três dias de trégua em junho.
Entre 1º de janeiro e 30 de junho, morreram 1.692 civis — a metade deles em atentados atribuídos ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Trata-se do período com mais mortes desde que as Nações Unidas começaram a contabilizar as vítimas civis, há dez anos.
Veja também
Aproveitem ao máximo suas vidas, diz comandante de mergulhadores a meninos tailandeses
Somando mortos e feridos, 5.122 civis foram afetados no período pela violência no Afeganistão, indicou a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (Manua).
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.
Os talibãs, que respeitaram a trégua negociada com o governo entre 15 e 17 de junho, são os responsáveis por 40% dos civis mortos.
Causa número 1 de morte: atentados suicidas
A primeira causa de morte de civis continua sendo os atentados suicidas e os chamados ataques complexos, isto é, que começam com um camicase e continuam com a ocupação de prédios e disparos. Os combates terrestres estão em segundo lugar.
Em paralelo, a expansão das operações aéreas também provocou um forte aumento do número de vítimas civis pelos bombardeios aéreos: um crescimento de 52%, se comparado ao mesmo período do ano passado, quando houve 149 civis mortos e 204 feridos.
Mais da metade dessas vítimas são atribuídas às forças afegãs e 45%, aos aviões americanos, os únicos da coalizão ocidental que realizam operações.
— O breve cessar-fogo demonstrou que é possível deter os combates — afirmou Tadamichi Yamamoto, o representante especial do secretário-geral da ONU, citado em um comunicado da Manua.
O Globo