25 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
30/07/2017

Ainda é muito cedo para o Corinthians levar o título, diz Paolo Guerrero

Foto: Reprodução

Jogador, que já foi ídolo corintiano, enfrenta seu ex-clube na tarde deste domingo em São Paulo

Paolo Guerrero já fez os corintianos comemorarem o gol mais importante da história do clube, na final do Mundial contra o Chelsea, em 2012. Também os levou a vaiá-lo no Itaquerão, quando vestia a camisa do Flamengo.

 

Assunto relacionado!


Clássico Corinthians e Flamengo é o destaque do Brasileirão neste domingo


Neste domingo (30), ele nem se preocupa com apupos e quer acabar com a boa fase do time do Parque São Jorge, invicto desde março.
Em entrevista à Folha, o peruano de 33 anos elogiou o técnico Fábio Carille, a quem define como um afilhado de Tite. Afirmou, porém, que "é cedo" para o Corinthians se considerar campeão.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter. 


O atacante reclamou do chama de "falta de ética" dos zagueiros brasileiros, que, segundo ele, entram com maldade nos adversários.



Você deixou o jogo contra o Palmeiras [em 19 de julho] reclamando da violência dos adversários. Você já jogou na Alemanha, onde existe muito contato físico.


Guerrero
- Mas como aqui, não. Lá, eles entram forte, com muito mais firmeza, mas não têm tanta maldade. Não tem arranhão, vontade de querer machucar. Tem uma ética. Uma vez, dei um carrinho por trás em um goleiro. Não foi por maldade, mas nas imagens parecia ter sido. Fui punido por quatro jogos. Acho que os juízes não estão cuidando do bom futebol. Uma coisa é fazer falta tática. Outra é entrar para machucar.


Você vive a melhor fase no Flamengo. Como se sente no Rio?


A adaptação foi dura no início. Foi difícil em todos os aspectos. A cidade era diferente. O clima também é mais quente. Treinar é mais difícil. Não fazia o friozinho de São Paulo. Você fica mais desidratado. Me acostumei. No clube, me sinto em casa. Gosto muito da praia, mas curto pouco. Já estou tipo um carioca.


Qual é a sensação de enfrentar o Corinthians, seu ex-clube?


Quero fazer um bom jogo. Ainda bem que já fiz um gol no meu ex-time. Isso é o futebol. Um dia, você esta aqui. No outro, pode estar do outro lado. Quero mostrar que me dedico e sou profissional. Quero sempre fazer o melhor para o meu time a cada jogo.


Você se considera ídolo do Corinthians?


Felizmente tive uma boa passagem pelo clube, ajudando na conquista de títulos, que é o mais importante para o clube e o jogador.


O que achou das vaias que levou em Itaquera quando enfrentou o Corinthians?


Faz parte da cultura do torcedor, que é um apaixonado pelo seu clube e reage assim. O importante foi ter sido útil quando estive lá.


Você acha que o Corinthians é o favorito ao título?


Eles começaram muito bem. Mas é muito cedo para falar se eles vão levar o título. Não gosto de falar dos outros. Quero falar apenas do meu time. O Flamengo está muito na briga e precisamos continuar ganhando.


Você trabalhou com o Fábio Carille. Via essa potencial dele como treinador?


Com certeza. Ele é uma pessoa do bem, gosto muito. Ele tem toda a escola do Tite. Praticamente um afilhado do Tite. Ele é um cara bem detalhista, motivador. Quando estava no Corinthians, ele trabalhava bastante com a defesa. Conversamos muito.


O Flamengo foi dos clubes que mais contratou para temporada. Como administrar a vaidade entre os atletas?


Não vi vaidade ainda aqui. Somos bem unidos. Nos damos bem. Eu sou mais caseiro, mas eles estão sempre juntos. Alguma vezes, encontro. Fui no aniversário da filha do Réver.


Com 33 anos, já decidiu quando vai encerrar a carreira?


Tenho contrato com o Flamengo até 2018 e pretendo continuar por muito tempo no futebol. Ainda não pensei nisso [aposentadoria].


A sua família passou por uma tragédia parecida com a da Chapecoense [o tio de Guerrero era goleiro e morreu em queda do avião da delegação do Alianza de Lima, em 1987]. Você tem medo de voar?


Tenho medo de viajar por causa do meu tio. Ele era irmão da minha mãe. Apesar de ainda ser bem pequeno, me lembro de todo o sofrimento que minha família passou. Foi um tormento. Quando aconteceu o acidente com a Chapecoense, isso passou novamente pela minha cabeça. Não me sinto muito confortável num avião, mas viajo.


Você é um entusiasta do turfe. Como surgiu essa paixão?


É uma paixão que meu pai me passou. Minha mãe também gosta. Ainda demos sorte quando decidi comprar meus dois primeiros. Eram bons e aumentaram nossa paixão. Tenho hoje 11 cavalos no Rio e sete em Lima.


Você aposta?


Não gosto. Meu prazer é ver o empenho do animal nos treinos, a beleza da corrida.

 

Folha de S. Paulo
 

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.