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14/06/2019

Além do 'apagão': os erros e o que precisa mudar na Seleção para jogo decisivo na Copa do Mundo

Foto: Foto: Reuters

Derrota de virada para a Austrália acende pontos de atenção

 O incômodo das jogadoras após o apito final era mais que evidente. Foi verbalizado e exposto por algumas delas.

 

A derrota por 3 a 2 para a Austrália, de virada, é uma daquelas que demora para ser digerida. Ainda mais no contexto de uma Copa do Mundo, com boa vantagem construída no primeiro tempo e no qual um triunfo representava uma vaga na fase seguinte.

 

As atletas citaram uma espécie de apagão na segunda etapa - que de fato existiu - mas os problemas notórios que permitiram a virada vão além disso.

 

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Saída de pilares causou transtornos

 

Marta comemora com chuteira de igualdade de gênero em Brasil x Austrália â?? Foto: Pascal Guyot / AFP

Foto: Pascal Guyot / AFP

 

Além do gol sofrido no respiro final da primeira etapa, o tal apagão passa muito pela saída de referências. Logo no intervalo, Marta e Formiga foram substituídas (ambas por questões físicas) por Ludmila e Luana - que não encaixaram. Aos 29 do segundo tempo, foi a vez de Cristiane. Ali, deixavam o gramado os três pilares desta Seleção. E não só pela técnica, mas pela experiência de grandes competições. Algumas das jovens em campo sentiram essa ausência. E ficou evidente o abalo emocional. Tudo começou a desandar, com tomadas ruins de decisões e erros bobos de passa.

 

- Marta é a maior, provavelmente, da história. Claro que quando ela está fora a gente se beneficia. Acho que tivemos sorte que ela saiu - disse a estrela australiana Sam Kerr.


De fato. Bom para a Austrália. Ruim para o Brasil. Era sabido que Marta não suportaria o jogo inteiro por estar voltando de lesão da coxa. De todo modo, a ausência mais sentida logo de cara, do ponto de vista tático, foi a da veterana Formiga. A defesa brasileira ficou exposta. E é preciso alertar. Formiga está suspensa para o jogo decisivo diante da Itália, na terça-feira.

 

Defesa e lado direito

 

É aí que entra outro ponto de atenção: o lado direito da defesa brasileira. Na estreia, diante da frágil Jamaica, já dava pra perceber que havia necessidade de correções. Contra a Austrália, ficou ainda mais evidente. Kathellen e Letícia (que sofreu o pênalti) precisam ajustar a dinâmica do setor.

 

Foi por ali que as australianas criaram as melhores oportunidades e o Brasil levou alguns sustos desnecessários. As faltas perigosas cobradas pelas adversárias também foram naquela ponta.

 

Por isso, será necessária atenção redobrada no próximo jogo.

 

- Acho que é procurar assistir esse jogo, estudar muito bem, todo mundo entender o que se deve fazer, e a gente jogar bola. Não dá para ter um apagão como o de hoje, parar de jogar e ceder para o adversário - afirmou Cristiane, nitidamente chateada com o revés.

 

Banco e força física

 

O primeiro tempo do Brasil, sobretudo a partir dos 20 minutos, merece destaque. A verdade é que o placar de 2 a 0 construído até o fim da etapa surpreendeu. O time iniciou a partida meio afobado, mas conseguiu dar um padrão dentro de sua proposta. Esperava e saía num contra-ataque veloz. Dava para perceber o toque de bola de pé em pé, a eficiência do ataque de Cristiane, a categoria e o respeito que a presença de Marta impõe. As onze titulares, enaltecendo também Andressa Alves e Tamires, cumpriam bem a ideia.


Marta comemora gol do Brasil sobre a Austrália â?? Foto: Reuters

Foto: Reuters

 

Mas quando mesclou com o banco de reservas, ficou notória a perda de poder ofensivo com as mudanças. No segundo gol da Austrália, Barbara demorou para reagir, provavelmente esperando o desvio.

 

Para completar, ficou a impressão de que a Austrália teve mais força e preparo físico na etapa final. No fim, as adversárias mostravam muito mais facilidade para dominar o meio campo do que as brasileiras, que tentavam impor ritmo, sem sucesso.

 

- Ficou mais nervoso para nós e precisamos ganhar de todo o jeito. Precisamos ver os erros e acertos de hoje - analisou Andressa Alves.

 

Vale ressaltar que a equipe reclamou muito da arbitragem no jogo. O juíza não marcou um pênalti no fim do confronto.

 

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Com o resultado, o Brasil permanece em primeiro lugar com três pontos no Grupo C, mas pode ser ultrapassado pela Itália, que ainda joga com a Jamaica no complemento da segunda rodada nesta sexta-feira. A Seleção volta a campo na próxima terça-feira, contra a Itália, em Valenciennes. É duelo decisivo.

 

Globo Esporte

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