Apesar de PSDB fechar questão a favor da reforma, sanções ainda não foram definidas
Três dias após o PSDB fechar questão em torno da aprovação da reforma da Previdência, o governador de São Paulo e presidente nacional do partido, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado que haverá punição para os tucanos que votarem contra as mudanças. Eventuais sanções aos dissidentes, no entanto, ainda não foram discutidas, segundo Alckmin.
— Terá punição, mas nós vamos estabelecer. O nosso momento não é de discutir punição, é convencimento — afirmou Alckmin, durante entrega de um terminal de ônibus em Americana, no interior do estado.
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Alckmin ja havia defendido esse posicionamento na quarta-feira, durante reunião da Executiva do PSDB que definiu os votos a favor da reforma sem discutir punição a quem contratiar a decisão:
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— O partido está tomando uma posição não sei se inédita, mas pouco usual, deixando claríssima nossa posição favorável. Vamos fazer o convencimento para ter o maior número de votos. Não está excluída a punição, mas a primeira tarefa é do convencimento — declarou o governador paulista, naquela oportunidade.
Prevista para ser votada inicialmente até o fim de 2017, a reforma da Previdência foi adiada para fevereiro, já que o governo não conseguiu garantia de que teria todos os votos necessários para aprovar a proposta. A nova data foi confirmada na quinta-feira pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Neste sábado, Alckmin disse que a mudança da data da votação da reforma não altera os planos do partido:
— Era pra votar em dezembro, ficou pra fevereiro. Nós continuamos favoráveis. Se ficar pra março continuaremos favoráveis. Entendemos que é uma questão de justiça, no sentido de ter um tratamento mais justo entre setor privado e público e pra evitar o deficit, porque isso pode comprometer o equilíbrio das finanças públicas.
O Globo