25 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
04/03/2016

Alertas do DETER estimam 226 km² de corte raso na Amazônia entre novembro e janeiro

Foto: Reprodução/ Internet

Alertas de alteração na cobertura florestal

Nos últimos meses de novembro, dezembro e janeiro, os alertas de alteração na cobertura florestal por corte raso e/ou degradação na Amazônia somaram 391 Km². Deste total, estima-se que 226 km² são de áreas de desmatamento por corte raso e 155 km² correspondem à degradação florestal, além de 10 km² de desmatamentos não confirmados, conforme registro do DETER, o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

 

As distribuições das áreas de Alertas nos Estados em cada mês, bem como a respectiva cobertura de nuvens, são apresentadas na tabela a seguir.

 
   DETER(*)
Nov (Km²) 
 Nuvens
Nov (%) 
 DETER(*)
Dez (Km²) 
 Nuvens
Dez (%) 
 DETER(*)
Jan (km²) 
 Nuvens
Jan (%) 
Acre 4.63 40 13.33 43 2.97 30
Amazonas 28.19 41 7.36 61 16.49 51
Amapá 0.84 84 98 97
Maranhão 6.36 30 2.01 33 71
Mato Grosso 78.65 2 47.21 5 4.14 83
Pará 81.95 44 2.55 71 6.10 83
Rondônia 26.99 1 5.03 2 11.88 27
Roraima 9.85 29 9.85 7 21.38 3
Tocantins 2.69 22 1.29 11 99
TOTAL 240.15 32 88.63 44 62.96 66


(*) Soma das áreas de alerta de corte raso, degradação florestal e falsos positivos.

 

Baseado em dados de satélites de resolução moderada (250 m) – Terra/MODIS, o DETER é uma ferramenta de suporte à fiscalização de desmatamento e demais alterações na cobertura florestal ilegais, prioritariamente orientado para as necessidades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). As imagens são analisadas pelo INPE e em prazo de até cinco dias após a passagem do satélite mapas de Alertas de alteração na cobertura florestal são enviados ao IBAMA. Os Alertas podem se referir indistintamente ao desmatamento propriamente dito, quando há a remoção drástica da cobertura florestal por corte raso, e também a eventos de degradação florestal, que podem ser exploração madeireira por corte seletivo, preparação da área para o corte raso, localmente denominada brocagem, ou cicatrizes de incêndio florestal.

 

Os resultados do DETER devem ser analisados em conjunto com as informações sobre a cobertura de nuvens, que afeta a observação por satélites. As áreas em rosa dos mapas a seguir correspondem aos locais que estiveram encobertos no período. Nos mesmos mapas, os pontos amarelos mostram a localização dos Alertas emitidos pelo DETER.

 

Mapa de alertas de novembro, mês em que a cobertura de nuvens impediu

a observação de 32% da Amazônia

 


Mapa de alertas de dezembro, mês em que a cobertura de nuvens impediu a

observação de 44% da Amazônia



Mapa de alertas de janeiro, mês em que a cobertura de nuvens impediu a

observação de 66% da Amazônia


Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER.


Estimativa de corte raso e degradação florestal

 

Uma validação dos dados do DETER é realizada regularmente pelo INPE desde 2008 e, como resultado, obtém-se uma estimativa amostral da proporção de áreas de corte raso, de degradação florestal e de falsos positivos. A validação dos dados do DETER tem como objetivo caracterizar mensalmente os Alertas de Alteração na Cobertura Florestal na Amazônia. Para a qualificação, são analisadas imagens provenientes do satélite Landsat (ou similar), adquiridas em período equivalente às imagens MODIS utilizadas pelo DETER. A tabela a seguir detalha as estimativas das áreas de corte raso, degradação e falsos positivos calculados a partir dos resultados da validação do trimestre para toda Amazônia Legal.

 

Classe  Novembro (Km²)   Dezembro (Km²  Janeiro (Km²  Total (Km²
Corte Raso 135 50 41 226
Degradação 104 32 19 155
Falso positivo 1 7 2 10
Soma 240 89 63 391

 

A fatoração da área de alerta em corte raso e em degradação florestal atende a uma solicitação do IBAMA, ratificada por um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado em novembro de 2014 entre as duas instituições. A fatoração poderá ser aplicada toda vez que houver dados de satélites de alta resolução (20-30 m) disponíveis no mês em questão e com baixa cobertura de nuvens em quantidade suficiente para cobrir ao menos 30% dos eventos de alertas e 30% de sua área total.

 

Conforme o ACT firmado, a divulgação do DETER é referente a um trimestre, realizada no fim do mês seguinte ao término do trimestre e, além dos relatórios de dados (1) e de validação (2), o INPE divulga mapas da distribuição espacial das ocorrências de alertas de cada mês deste trimestre agregados em células de 50 km X 50km (3) e o mapa com os polígonos de alertas do trimestre anterior (4). O INPE também fornece uma interface gráfica para a visualização dos dados do DETER e outras informações pertinentes sobre as alterações da cobertura florestal na Amazônia (5).

 

Fonte: INPE

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