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22/04/2017

Alinne Moraes: 'Ter um filho é muito transformador, nunca fiquei um dia longe dele'

Foto: Reprodução

Alinne Moraes conversou com QUEM sobre maternidade, família, beleza e seus seis anos de terapia

Criada em uma chácara no interior paulista pela mãe e avó, Alinne Moraes virou modelo aos 13, estreou como atriz aos 17 e hoje, aos 34, brilha na TV como a Diana de Rock Story. Vivendo no Rio com o cineasta Mauro Lima, 49, e o filho do casal, Pedro, 2, ela conversou com QUEM sobre maternidade, família, beleza e seus seis anos de terapia: “Hoje sou mais bem resolvida, graças a Deus!”

 

Infância


“Lembro da minha avó, Maria, matando galinha e eu catando amora, manchando a roupa, aprendendo a andar de bicicleta, com o pé grosso e preto de sujeira. Era tudo muito simples, mas gostoso.”

 

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Modelo


“Ser modelo era um sonho da minha mãe, Ana Cecília, que virou meu. Ela poderia ter me deixado em casa e eu teria poucas escolhas. Mas viu potencial em mim. Com 12 anos, ganhei um concurso e passei a trabalhar tanto que mudei com minha avó para São Paulo. Nunca tinha saído de Sorocaba, era tudo incrível: os ônibus, as possibilidades, a felicidade da minha mãe e da minha avó.”

 

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Dinheiro


“Meu primeiro cachê foi de três mil reais. Tinha 13 anos. Só comprei uma bolsa marrom (se emociona), o resto minha mãe guardou. E, com 17 anos, comprei a casa da minha família (ela chora). Não vendo essa história, porque não acho que isso se vende. Guardo para mim. É a pedra mais preciosa que tenho: a minha história.”

 

Trauma


“No início da carreira, dei uma entrevista e disse o nome do meu pai, Luís Orlando (ele separou-se de sua mãe quando Alinne tinha apenas 2 anos e ela ficou sem o ver). Foram atrás dele, e o conheci pela imprensa. Me machucou muito. Era minha história sendo vendida e eu não sou assim, sou discreta. Fomos eu e Cauã (Reymond, com quem foi casada) para Londrina vê-lo. Conversamos, voltei ao Rio. Ele tinha 200 quilos, estava mal. Seis meses depois, morreu. Mas tive a oportunidade de resgatar a história dos meus pais e a minha.”


Reencontro

 


Alinne: “Eu me emociono vendo meu marido e meu filho juntos”


“Quando fui ver meu pai, conheci minha irmã, Taís, que tinha 10 anos. Perdemos o contato, nos reencontramos há dois anos. Ela é uma violinista fantástica, toca desde os 3 anos, viajou o mundo inteiro. É gênio.”

 

Formação


“Estreei na TV aos 17 anos e me sentia muito crua. Não sabia quem era Shakespeare, nunca tinha ido a uma peça. Não podia sentir falta do que não conhecia. Pedia ajuda para colegas, faço cursos até hoje. Sempre que posso, vou correndo atrás desse tempo perdido.”

 

Religião


“Não sei se eu acredito em Deus. Antigamente, eu era mais espiritualizada, mas me sentia insegura. Precisava de alguma coisa para me fazer mais forte. Por isso, antes de entrar em cena, rezava. Mas na primeira vez que fiz a peça Doroteia (2012) e não rezei, me senti forte. Gostei muito de saber que estava tudo na minha mão. Não batizamos o Pedro, mas, quando ele está doente, confesso que eu rezo. Por isso, digo que eu não tenho definição religiosa.”

 

Papel passado


“Eu e Mauro achamos que o nosso filho já é o suficiente para dizer que a gente se ama e está junto, mais do que uma aliança que eu vou perder. Sei que é importante me dar um tempo para namorar meu marido. Sextas ou sábados, depois de colocar Pedro para dormir, saímos juntos. No dia seguinte, acordo com Pedro de manhã. Quando têm filho, as pessoas às vezes esquecem onde tudo começou.”

 

Paizão


“Mauro deu todos os banhos no Pedro. Quando ele nasceu, trancamos o quarto na maternidade, todo mundo batendo na porta e eles já no chuveiro. Eu me emociono vendo meu marido e meu filho juntos. Cresci em meio a mulheres. É muito novo para mim cuidar de menino.”
 

Patinho feio

 

A atriz sofreu bullying na escola: “Tinha bocão, olho grande, era muito magra”

 

Alinne comprou uma casa para a família aos 17 anos


“Nunca fui o patinho feio, mas me sentia um patinho feio. Tinha bocão, olho muito grande, era muito magra. Era chamada de beiçola, bocão royal, diziam que, para sair na chuva, eu não precisava de guarda-chuva, era só pegar o beiço e virar para trás. Eu não revidava, não fazia bullying, porque era fofinha. Dá uma raiva! (risos).”

 

Beleza


“Se sentir sexy, bonita, vem de dentro. Por isso, muita gente adora plástica ou intervenção e se perde nessa loucura. Botei peito, mas tenho medo de botox. Já tentei me enfear. E quis tanto usar óculos de grau que hoje preciso.”

 

Assédio


“Nem sempre foi legal ser bonita. Com 13 anos de idade, passando com book debaixo do braço, homem mexendo... Era muito jovem para lidar com essas situações.”

 

Terapia


“Fiz seis anos de terapia. Me sentia culpada com tudo: por ter nascido, por ser bonita, por ser frágil... Tenho ‘buraquinhos’ que trabalho com a profissão. Minha primeira personagem, por exemplo, era mãe solteira. Pude viver a mesma vida da minha (mãe) e entender que é difícil para caramba. Hoje, já sou mais bem resolvida, graças a Deus.”


Maternidade

 


“Ser mãe me ajudou a entender a minha. Somos parecidas. Não é clichê, a vida se repete, só que as escolhas são diferentes. Ter um filho é muito transformador. E Pedro só trouxe coisas positivas. Nunca fiquei um dia longe dele.”

 

Segundo filho


“Estou na dúvida. Só tenho minha mãe, sou filha única. Os pais do Mauro já morreram, o irmão mora fora, não temos família no Rio. E a sociedade, como um todo, não deu muito certo. Como a gente pode ter três, quatro filhos, se existem milhões de crianças passando fome?”

 

Engajamento

 

“Sou pouco engajada, tanto na política quanto no feminismo. Acho que não tenho história, estrutura para discutir certos assuntos. Fiz supletivo e sinto muita falta de ter tido uma educação. Nesse espaço que dizem que os atores têm de se colocar, me sinto insegura. Mas me posiciono. Principalmente com os meus amigos, porque não vai ter ninguém me julgando.”

 

Corrupção


“Me sinto como todos: frustrada, incapaz, quando vejo um novo escândalo, corrupção. Será que vou viver para ver isso mudar? Será que vai mudar? Dá a impressão de que os poderosos ficam jogando milho para as galinhas só para ver as galinhas se xingando: ‘Você é da esquerda, eu sou da direita, vá se f...’ Ninguém voa, parece que isso é proposital.”

 

Revista Quem

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