Estudo detectou fenômeno apelidado de “gêmeo maligno do aquecimento global”, responsável por dissolução de rede de algas, peixes e estrelas do mar
Diferentes criaturas marinhas estão sendo mortas e dissolvidas pela poluição, segundo novo estudo realizado por cientistas.
De acordo com estudo da Universidade Heriot-Watt e Universidade de Glasgow, os altos níveis de dióxido de carbono na água têm causado danos irreparáveis ao ecossistema marinho, uma vez que, literalmente, estão derretendo estrelas do mar e outros tipos de vida dos oceanos.
O experimento ocorreu em Loch Sween, na costa Oeste da Escócia, onde os estudiosos passaram quatro dias medindo a resposta das águas à exposição a curto prazo ao dióxido de carbono. Com o procedimento, foi identificada uma acidez fora do normal no oceano, devido a um fenômeno apelidado de “gêmeo maligno do aquecimento global”, o que está destruindo a rede de organismos calcificados e criaturas marinhas , como algas coralline e estrelas do mar.
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"Detectamos uma mudança rápida e de nível comunitário em relação à dissolução da rede, é como uma forte inundação de dióxido de carbono. Depois de coletarmos material para análises, também descobrimos que a recuperação/purificação da água é extremamente lenta, o que nos preocupa por conta da frequência que o fenômeno está ocorrendo. Não se sabe se outras redes conseguiram se recuperar de diversos eventos como esse”, afirmou o pesquisador da Universidade Heriot-Watt, Heidi Burdett, ao jornal Metro .
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Ecossistemas e medidas
A pesquisa mostrou que os ecossistemas de algas coralline, também conhecidas como algas calcárias ou crostosas, podem ser encontrados em todos os oceanos costeiros do mundo e são particularmente comuns na região oeste da Escócia. Segundo Burdett, a destruição dessa rede em específico não foi uma surpresa, por ser altamente calcificada e consequentemente sensível ao dióxido de carbono.
Com valores ecológico e econômico significativos, na Escócia, esses ecossistemas costumam ser utilizados como viveiros para captura de peixes vendidos a custo elevado, o que, para a equipe de estudiosos, é mais um motivo para que autoridades ambientais se mobilizem.
"Caso uma autoridade local ou agência governamental esteja escolhendo uma nova localização para o cultivo de peixes e outras criaturas marinhas, é importante que sejam cautelosos e que pensem nesses ecossistemas como um todo, e não em um grupo específico. É fundamentar pensar como o coletivo pode ser afetado com tal mudança para que os danos não sejam ainda maiores”, concluiu.
Último Segundo / iG