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19/08/2018

Após ataque de brasileiros, 1,2 mil venezuelanos deixam Roraima

Foto: Reprodução / GloboNews

Segundo autoridades locais, clima em Pacaraima continua tenso neste domingo

O Exército informou neste domingo que 1.200 venezuelanos foram obrigados a deixar o município de Pacaraima, no Norte de Roraima, localizado na fronteira com a Venezuela, após cerca de 700 imigrantes serem atacados por brasileiros neste sábado. Não houve feridos. O ataque aos imigrantes ocorreu após um empresário brasileiro ser assaltado, ter sua casa invadida e ser espancado quase até a morte por quatro venezuelanos na última sexta-feira.

 

O clima na cidade é de tensão, segundo a Polícia Militar. Hoje, a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), o procurador-geral do estado, Ernani Batista, a delegada-geral Giuliana Castro, e a secretária de relações internacionais, Veronica Caro, estão em Pacaraima. A pauta do encontro ainda não foi divulgada à imprensa.

 

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O governo da Venezuela pediu ao governo brasileiro que proteja seus cidadãos. O episódio levou a Chancelaria venezuelana a se comunicar com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, segundo nota divulgada pelo governo de Caracas.

 

A Força-Tarefa Logística Humanitária da Operação Acolhida para os imigrantes esclareceu em nota que seus serviços seguirão normalmente.“Representantes dos órgãos de segurança pública, Organismos Internacionais, Organizações Não Governamentais e entidades civis participaram de uma reunião na Base da Operação Acolhida para definirem medidas a serem tomadas para o prosseguimento das ações, em Pacaraima”, diz o texto.

 

No sábado, imigrantes do país vizinho, que moravam nas ruas da cidade, tiveram acampamentos improvisados e pertences queimados por cerca de 2 mil moradores da cidade. A fronteira com a Venezuela continua aberta.

 

— Não há venezuelanos nas ruas. A cidade está com um visual diferente. Os imigrantes que permaneceram, moram em casas ou em vilas. Não estavam em situação de vulnerabilidade. Está tranquilo por aqui (Pacaraima), mas há um clima de tensão muito grande — explica o tenente da Polícia Militar Souza Pontes.

 

O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PP), lamentou os ataques, mas ressaltou que a revolta era esperada:

 

— Situação triste. Não queríamos isso. A população (de Pacaraima) está numa situação difícil, de aguentar toda essa situação (imigração desenfreada). Mas o governo federal está ciente desse caso. Nós mesmo já falamos para ministros que visitaram o município as condições que a cidade se encontrava devido à vinda do venezuelanos para cidade, mas nada foi feito — destacou.

 

Ainda de acordo com o prefeito, imigrantes que tinham problemas na Justiça no país vizinho, ou que já tiveram, estavam em Pacaraima.

 

— Ontem, a população de Santa Elena de Uairén (cidade de fronteira com Roraima) soube que os imigrantes estavam retornando de volta. a Guarda Venezuelana se reuniu e fez a prisão de mais de 30 venezuelanos que estavam com problemas na Justiça naquele país. Aí você imagina o que eles podem trazer para Pacaraima. Há imigrantes bons, mas os maus também chegam a nossa cidade — afirmou.

 

Uma professora que mora em Pacaraima, sob condição de anonimato, contou que a cidade está mais tranquila.

 

— Há meses não vimos nossa cidade assim (sem venezuelanos). Não há movimento de estrangeiros. Na história, a massa tem o poder de mudar as coisas. Agora, temos nossa cidade de volta — declarou.

 

O prefeito de Pacaraima ressaltou que, com a saída dos venezuelanos, vai restabelecer a ordem nos prédios públicos.

 

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— Vamos fazer agora nosso trabalho que sempre sonhamos (de melhorar a cidade) — diz.

 

O Globo

 

 

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