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24/09/2017

Após dia de tiroteios, Rocinha tem manhã de aparente tranquilidade

Foto: Paulo Nicolella / Agência O Globo / 23-09-2017

Homens das Forças Armadas ocupam a Rocinha

Após um dia de tiroteios, a Rocinha, no Rio de Janeiro, tem uma manhã de aparente tranquilidade neste domingo. Nenhum confronto foi registrado durante a madrugada. A região está cercada por tropas das Forças Armadas desde a tarde da sexta-feira.


Os militares apreenderam cem frascos de lança-perfume em operação na Favela da Rocinha, na manhã deste domingo.


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A droga foi encontrada dentro de uma geladeira abandonada na Rua Dois, no alto da favela. Junto com a droga, foram apreendidos 31 sprays de isqueiro utilizados para consumir o lança perfume.

 

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O clima na comunidade é de aparente tranquilidade. A Estrada da Gávea, que corta a Rocinha, está tomada por militares das Forças Armadas, que fazem revistas em veículos e em pedestres a todo instante. Não há informações de troca de tiros na manhã deste domingo.


Na altura da Rua Dois, uma moradora de 53 anos contou que há boatos de que traficantes comandados por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, estariam apenas aguardando a saída das Forças Armadas para voltar a invadir a comunidade, desta vez com poder de fogo ainda maior.


— É a conversa que a gente escuta aqui. Moro aqui desde que nasci e sei como as coisas funcionam. Quando tem um boato todo mundo já começa a ficar apreensivo — contou a moradora.


Desde a sexta-feira, foram três mortos, nove presos e 18 fuzis apreendidos. No sábado, o coronel Mauro Sinot, do Comando Militar do Leste (CML), afirmou que os 950 homens ficarão por tempo indeterminado na região. Eles auxiliam aos policiais na captura dos traficantes envolvidos com a invasão da Rocinha, que aconteceu no domingo passado.


Apesar do cerco feito por homens do Bope, do Batalhão de Choque e das Forças Armadas, bandidos da quadrilha de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, chefe do tráfico da Rocinha, saíram da favela pela mata e chegaram a comunidades em outros cinco bairros entre o Centro e a Zona Norte do Rio. Por meio de trilhas na Floresta da Tijuca, o grupo de cerca de 200 traficantes se espalhou por Alto da Boa Vista, Usina, Tijuca, Rio Comprido e Santa Tereza e se refugiou nas favelas do Borel, Formiga, Salgueiro, Turano, Fogueteiro e Prazeres.


Todas essas comunidades são dominadas pelo Comando Vermelho (CV), a maior facção do Rio. A Polícia Civil investiga um acordo de Rogério 157 com a facção após romper com Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, chefão da Amigos dos Amigos (ADA), que cumpre pena em Rondônia.


A guerra na Rocinha


A invasão da Rocinha na manhã do último domingo aconteceu depois de um ultimato. Há um mês, Nem, mandou, do presídio federal de Rondônia, a ordem para que Rogério 157, que lhe sucedeu no posto de chefe do tráfico, deixasse a favela.

 

Rogério não saiu do morro. Em 13 de agosto, três homens de confiança de Nem foram encontrados mortos num carro, na Estrada da Gávea. Na semana passada, outros aliados do antigo chefe foram expulsos do morro. A cúpula da ADA decidiu, então, expulsar Rogério da favela.

 

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