Arrecadação soma R$ 97,7 bilhões, pior desempenho para maio desde 2010

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 97,7 bilhões em maio, um recuo real (já descontada a inflação) de 0,96% na comparação com o mesmo período de 2016, conforme informações da Secretaria da Receita Federal.

O valor foi o pior desempenho para o quinto mês do ano desde 2010, quando as receitas alcançaram R$ 97,5 bilhões. Em relação a abril deste ano, houve queda de 17,5%.

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O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 19 casas ouvidas pela reportagem, que ia de R$ 94,6 bilhões a R$ 103,069 bilhões, e abaixo da mediana de R$ 100,1 bilhões.

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Entre janeiro e maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 544,4 bilhões, o que representa ainda uma alta real de 0,35% na comparação com igual período do ano passado.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 35,1 bilhões entre janeiro e maio deste ano, valor menor do que em igual período do ano passado, quando somaram R$ 37,9 bilhões.

Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 7 bilhões, também abaixo do registrado em maio do ano passado (R$ 7,6 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,2 bilhão em maio e R$ 6 bilhões no acumulado do ano.

Em março, o governo anunciou o fim da desoneração da folha para cerca de 50 setores a partir de julho. A renúncia fiscal será mantida apenas para os setores de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de comunicação.

A Medida Provisória 774, que reonerou a folha, ainda não foi aprovada pelo Congresso e perde a validade no início de agosto.

Metrópoles