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23/01/2019

Bizarrices do Japão: entenda o que são os clubes de anfitriões

Foto: Reprodução

Esses “bares” são conhecidos como host clubs, ou clubes de anfitriões, e boa parte deles está espalhada no bairro de Kabukicho, em Tóquio

Você já pensou como seria curtir a noite na companhia de um rapaz bonito, que não se cansa de elogiar e tem um papo ótimo, em um clube bacana e com uma taça cheia de champagne na mão?! Pois saiba que lugares como esse existem no Japão e toda essa experiência pode ser sua por alguns ienes.


Esses “bares” são conhecidos como host clubs, ou clubes de anfitriões, e boa parte deles está espalhada no bairro de Kabukicho, em Tóquio. Além de um ambiente legal, o principal atrativo desses espaços são os hosts (anfitriões) – ou seja, garotos atenciosos vestidos com roupas impecáveis e que sabem como entreter uma garota.


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Para atrair clientes, os garotos ficam nas ruas na tentativa de chamar a atenção das mulheres que passam. No Japão, existem dezenas de host clubs e um número ainda maior de hosts, que são os responsáveis por procurar garotas aparentemente abastadas e com potencial de se tornarem clientes fixas. Por isso, não são todos os clubes que aceitam estrangeiras e dificilmente homens podem entrar nesses lugares.

 


Foto: Reprodução / CNN


Conhecendo seu host


Todos os “encontros” com os anfitriões costumam ser pagos por hora e o consumo do bar é cobrado à parte. As regras variam de acordo com cada clube, mas a primeira visita costuma ser uma exceção, quando a garota (ou um grupo de garotas) ganha um bom desconto pela hora e ainda pode beber o quanto quiser sem precisar pagar mais por isso.


A partir da segunda visita, a garota pode escolher um host a partir do catálogo da casa. Uma vez que ela escolheu sua companhia naquela noite, não se pode mais mudar. É então que a conversa começa a fluir (por isso é importante saber falar japonês) e os elogios surgem aqui e ali – sempre com naturalidade, já que os garotos são treinados para isso.

 


Foto: Reprodução / Host Life

 

Boa parte dos relatos das garotas que já foram ou frequentam os clubes japoneses aponta que os hosts realmente sabem como puxar assunto e a conversa costuma render boas risadas.

 

É claro que a música e a bebida colaboram para esquecer os problemas e aproveitar a noite. Como a companhia é sempre boa e a diversão é garantida, relatos de mulheres que se apaixonam por seus anfitriões são mais frequentes do que se pode imaginar.


De onde vem o lucro


A taxa a ser paga por cada hora de serviço vai depender da popularidade do bar e da qualidade do host escolhido. As casas costumam fazer rankings mensais com os garotos e, logicamente, os mais concorridos são os mais caros.

 

O site Tokiotours informa que, no ano passado, os preços variavam de 2 mil a 6 mil ienes (cerca de 40 a 130 reais na cotação de hoje) por um período de duas horas na primeira visita. Depois disso, o preço aumenta consideravelmente.

 


Foto: Reprodução / Host Life


Além do valor pago pelo serviço do anfitrião, as meninas desembolsam boas quantias com bebidas caras. Isso porque o que mais se consome nos clubes é champagne – e estamos falando de champagne mesmo, esqueça os frisantes e espumantes. Cada garrafa pode chegar a custar milhões de ienes, ou seja, alguns milhares de reais.


E, para aumentar ainda mais a conta, acontece uma espécie de competição do champagne. Quando uma garrafa é estourada, os hosts da casa se reúnem para beber e comemorar com a menina que vai pagar pela bebida. Quem quiser ganhar a atenção dos garotos precisa pagar por um champagne ainda mais caro ou comprar várias garrafas durante a noite.


Para todos os gostos


Quem já esteve em um host club revela que existem homens para todos os gostos. Tímidos, exibidos, divertidos, sérios, inteligentes – eles estão lá para agradar todos os tipos de mulheres. Além disso, o charme e o flerte fazem parte dos encontros, afinal, o objetivo da noite é fazer com que a garota se sinta bem e, acima de tudo, cativá-la para que ela volte sempre.


O envolvimento entre anfitriões e clientes não é obrigatório, pelo contrário, misturar trabalho com sentimentos pode até ser prejudicial para o profissional. No entanto, fica a critério do host até onde ele vai com cada cliente.

 


Foto: Reprodução / CNN


Distração ou diversão?


Existem muitos comentários na internet sobre diferentes experiências que garotas tiveram em host clubs e eles costumam ser positivos.

 

Porém, com o lançamento do documentário “The Great Happiness Space: Tale of an Osaka Love Thief” (O Grande Espaço da Felicidade: A História de um Ladrão de Amor em Osaka, com áudio em japonês e legendas em inglês) em 2006, surgiu uma polêmica sobre esse tipo de prática.

 

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O filme mostra os dois lados dos clubes de anfitriões – um espaço divertido para encontrar amigos e conhecer novas pessoas (que é ideal para aqueles que querem conhecer outras pessoas sem ter compromissos) e a dependência que algumas garotas desenvolvem com seus hosts (o que faz com que elas gastem quantias absurdas de dinheiro na tentativa de conquistar o garoto e, quem sabe, conseguir atrai-lo para um verdadeiro relacionamento).

 


Foto: Reprodução / Host Life


O longa-metragem também deixa claro que a maior parte das garotas que frequenta os host clubs são anfitriãs que prestam o mesmo serviço em clubes feitos para os homens.

 

Como elas ganham mais dinheiro do que outras mulheres e estão acostumadas com a ideia de “comprar amor”, elas não veem problemas em pagar caro para ter com quem conversar e receber as mesmas gentilezas que fazem aos seus clientes.

 

Mega Curioso

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