25 de Abril de 2024 - Ano 10
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29/03/2019

Bolsonaro nomeia militar para cargo de 'número 2' do MEC

Foto: Divulgação / Ministério da Defesa

Tenente brigadeiro do ar Ricardo Machado Vieira já foi chefe do Estado-Maior da Aeronáutica; atualmente, era assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

O presidente Jair Bolsonaro nomeou nesta sexta-feira o tenente brigadeiro do ar Ricardo Machado Vieira para o cargo de secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), o segundo na hierarquia da pasta. Vieira já foi chefe do Estado-Maior da Aeronáutica. Em fevereiro, tornou-se assessor especial da presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

 

A nomeação do militar ocorre no momento de forte desgaste do atual ministro da Educação, Ricardo Vélez. O ministro foi chamado para uma reunião com Bolsonaro nesta manhã. O presidente tem feito críticas públicas à condução do ministério por Vélez.


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Nesta quinta-feira, O GLOBO mostrou que o Planalto já estaria avaliando nomes para substituir o titular da Educação. A dúvida no entorno do presidente estaria em entregar a pasta a alguém ligado à área militar ou ceder a uma indicação política. Uma lista entregue a Bolsonaro antes da viagem aos Estados Unidos neste mês, já com a crise deflagrada no MEC, voltou a ser considerada.

 

Desgastado na condução do Ministério da Educação, Ricardo Vélez, tem encontro com

o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta sexta-feira( Foto: Divulgação / Câmara)


Por causa dos movimentos da ala militar para fazer o sucessor de Vélez, a escolha de Vieira para a Secretaria-Executiva alimenta os rumores de que o tenente brigadeiro possa assumir a pasta interinamente, com a demissão de Vélez.

 

Desde o começo do mês, a gestão de Vélez no MEC enfrenta uma rebelião de alas de servidores que disputam o poder de influenciar decisões da pasta. Seguidores do ideólogo de direita Olavo de Carvalho — o grupo dos olavetes, como se designam — abriram a crise nas redes sociais durante o carnaval ao denunciarem movimentos das alas de militares e técnicos da pasta, que estariam remanejando olavetes para cargos periféricos do MEC, de modo a neutralizar a influência de Olavo no ministério.

 

Depois de realizar demissões e remanejamentos de olavetes, Vélez foi forçado a dispensar indicados originários da carreira militar e também demitiu servidores da chamada “ala técnica” da Educação. Apesar disso, o ministro perdeu o apoio entre os olavetes e foi alvo de críticas do próprio guru de Bolsonaro, o que teria o enfraquecido ainda mais perante o Planalto.

 

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O Planalto resiste a entregar o MEC a um político para não endossar críticas de que estaria praticando o "toma lá dá cá" que tanto critica. Mas a falta de opções do núcleo bolsonarista, que não mantém relação com a área da educação, é um problema do governo para substituir Vélez. Bolsonaro falou publicamente que o ministro fica no cargo, mas a expectativa no Planalto é que a troca seja efetivada no retorno da viagem a Israel na próxima semana.

 

O Globo

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