Equipe de Tite precisa vencer após estreia pouco convincente contra a Suíça
Vestida toda de azul, a seleção brasileira entrou em campo no mesmo 4-3-2-1 sólido proposto por Tite. A única mudança na escalação foi na lateral direita, onde Fágner substituiu Danilo, que lesionou o quadril durante os treinamentos desta semana.
Sem surpresas, a Costa Rica veio par ao jogo no seu já tradicional 5-4-1 fechado na defesa.
Mas a Costa Rica não se limitou a ficar recuada atrás. Logo aos 12 minutos, numa boa trama pelo flanco direito, Gamboa partiu, o time centro-americano fez rápida transição e a bola chegou livre para Celso Borges, que perdeu a primeira chance clara de gol da partida.
Torcedores aguardam o jogo entre Brasil e Costa Rica em São Petesburgo
Nos primeiros 20 minutos, as oportunidades brasileiras surgiram em bolas paradas pelo lado esquerdo, onde Marcelo, Coutinho e Neymar agrediam, mas sem conseguir criar problemas para a meta de Keylor Navas. Em contrapartida, era nesse corredor deixado pelos três que a Costa Rica tentava subir ao ataque.
Pouco incisivo, o Brasil teve um gol bem anulado cinco minutos depois. Após jogada de Neymar, Marcelo chutou, e a bola sobrou para Gabriel Jesus, que, em posição de impedimento, emendou para o fundo da rede.
Sempre pela esquerda, a seleção brasileira forçava as jogadas em seu camisa dez, que incomodou os zagueiros costarriquenhos com dribles e ultrapassagens. O time melhorou quando passou a inverter as jogadas, usando a velocidade de William pelo lado direito. Mas os esforços não foram suficientes, e o primeiro tempo acabou em 0 a 0.
Nos 15 minutos de treino aberto da seleção em São Petersburgo, Tite mostrou uma das suas preocupações para a partida contra a Costa Rica. Armou uma linha de quatro defensores, simulou o posicionamento de três atacantes do rival e ensaiou a chegada de bolas lançadas direto da defesa para o ataque costarriquenho. É assim, com muitos chutões, que o rival deverá buscar o gol brasileiro. Ureña é, provavelmente, quem será acionado na ligação direta.
Seleção brasileira no estádio de São Petersburgo
No primeiro jogo, a Costa Rica foi a equipe do Grupo E que mais arriscou bolas longas. Foram 71 tentativas na derrota para a Sérvia. Dessas, 38 tiveram sucesso.
Fotos: Giuseppe Cacace / AFP
Os suíços apostaram na estratégia por 66 vezes, acertando 30. Já os sérvios usaram o artifício em 63 ocasiões, obtendo êxito em 35 delas. O estilo de jogo contrasta com a proposta do Brasil, que só usou o passe longo em 40 oportunidades na estreia em Rostov, acertando 26 vezes.
O Globo