28 de Marco de 2024 - Ano 10
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17/02/2017

Brasileira cria tecnologia capaz de detectar HIV uma semana após infecção

Foto: Joan Costa / CSIC Comunicación

Desenvolvida na Espanha, biossensor é chave para melhorar eficácia dos...

O Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha desenvolveu um biossensor capaz de detectar o HIV no organismo de uma pessoa apenas uma semana depois da infecção, afirmaram nesta quinta-feira pesquisadores do instituto.


Atualmente, é preciso esperar cerca de 30 dias - período conhecido como "janela imunológica" - para que a presença do vírus seja detectável em um exame. A nova tecnologia antecipa o diagnóstico, possibilitando o início do tratamento antirretroviral, o que é essencial para impedir a disseminação do HIV para outras pessoas.

 

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Os experimentos realizados com soro sanguíneo (líquido do sangue livre dos fatores de coagulação) permitiram detectar uma proteína presente no Vírus da Imunodeficiência Humana do tipo 1 (HIV-1), o antígeno p24, através de um dispositivo particular.


Este dispositivo permite que o p24 fique preso "entre as nanopartículas de ouro e as estruturas micromecânicas de silício", disse à AFP o pesquisador Javier Tamayo, do Instituto de Microeletrônica de Madri, indicando que os sinais mecânicos e ópticos que são produzidos permitem detectar o antígeno.


A nova tecnologia é capaz de detectar o antígeno em "concentrações 100.000 vezes inferiores" às dos sistemas atuais, afirmou no comunicado a brasileira Piscila Kosaka, uma das principais envolvidas no estudo. "Isto reduz a fase indetectável depois da infecção a apenas uma semana", acrescentou ela.


Segundo a instituição, a detecção precoce é um fator-chave para melhorar a eficácia dos antirretrovirais e para prevenir a propagação da doença.
Com os testes atuais de quarta geração, a detecção do antígeno p24 pode ser feita apenas após três ou quatro semanas a partir da infecção, segundo o CSIC.


“O novo dispositivo permitirá obter os resultados clínicos em menos de cinco horas, no mesmo dia do exame”, afirmou Tamayo.


O biossensor "usa estruturas que são fabricadas com tecnologias bem estabelecidas em microeletrônica, o que permite sua produção em grande escala e a baixo custo", garantiu.


Dois milhões e meio de pessoas são infectadas por ano no mundo pelo HIV, responsável pela Aids. O HIV-1 é o tipo mais comum e agressivo do vírus.


Em 2015, 36,7 milhões de pessoas viviam com HIV no mundo.

 

O Globo

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