Calvário da Presidente Dilma revela a covardia de Eduardo Braga e a coragem de Vanessa Grazziotin

Um paraense e uma paranaense representando o Estado do Amazonas no Senado Federal atraem a atenção dos analistas atentos ao momento de turbulência que vive o Brasil.

Foram eleitos juntos no ano de 2010, nas vagas antes ocupadas por Artur Neto e Jefferson Praia, suplente do senador Jeferson Péres, que faleceu em plena atividade parlamentar.

Egressa do movimento estudantil e adversária feroz do grupo político que governa o Amazonas há mais de 30 anos, Vanessa não resistiu à tentação e caiu nos braços de Eduardo Braga, e, com seu apoio e campanha milionária, conquistou uma das vagas no Senado da República.

Os dois venceram e até hoje a Justiça Eleitoral não julgou o processo em que são acusados de compra de votos com cartão corporativo.

Eduardo Braga, oriundo do PDS, que substituiu a ARENA, partido dos militares, sempre viveu à sombra do poder. Foi cria e líder de Amazonino Mendes na Câmara Municipal, na Assembleia Legislativa, vice prefeito de Manaus e governador com apoio do seu criador e compadre.

No senado Federal, Eduardo Braga tornou-se líder da presidente Dilma Rousseff e, posteriormente, no segundo mandato, assumiu o cargo de ministro de Minas e energia. Teve uma atuação pífia tanto como líder quanto como ministro de um governo marcado pela incompetência e corrupção.

Após a aprovação do início do processo de impcheamant pela Câmara do Deputados, o senador pula do barco, reassume o mandato no Senado e readquire imunidade parlamentar, prerrogativa de foro e não pode ser alcançado pelo juiz Sérgio Moro.

Em seguida entra de licença médica para fugir da votação no senado que selará o afastamento provisório e a condenação definitiva da sua antiga chefe.

O comportamento escapista do representante amazonense tem envergonhado os seus eleitores e correligionários e revela verdadeiramente a personalidade oportunista do ex-ministro.

Diferentemente de seu colega de bancada, a paranaense Vanessa Grazziotin, mantem-se firme na defesa das suas crenças partidárias e não se afastou um centímetro da sua líder e governante.

Vanessa sabe que irá para o cadafalso político junto com a presidente Dilma Rousseff. Fez uma escolha política e vai encerrar sua carreira parlamentar com dignidade e admiração de uns poucos, que a partir de agora terão certeza que a coragem é atributo feminino, e a covardia é coisa de homem. Pelo menos, neste caso foi. (PORTAL DO ZACARIAS)