Caminhoneiros: reajuste de preços agora é em tempo real, como nos tempos de hiperinflação

Os consumidores que procuram os hortifrutis no Rio na manhã nesta sexta-feira voltam a encontrar prateleiras vazias e preços exorbitantes.

Por causa da baixa oferta, em função da greve dos caminhoneiros, os valores estão sendo atualizados o tempo todo. Alguns clientes se sentem como nos tempos da inflação fora de controle.

Entenda como vai funcionar o subsídio ao diesel

Veja também 

Atividade econômica tem queda de 0,13% no primeiro trimestre

Em um hortifruti na Rua Marquês de Abrantes, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, o caminhão chegou praticamente vazio.

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.

Apenas pequenas quantidades foram entregues. No interior da loja, uma funcionária circula com uma lista contendo os preços atualizados para informar aos clientes, já que as mercadorias estão sendo reajustadas pela gerência.

Feira livre da rua Engenheiro Moacir Reis em Laranjeiras além do fraco 

movimento de pessoas, várias bancas completamente vazias

(Foto: Gabriel Paiva / Gabriel Paiva)

Nas feiras livres da cidade, o cenário é de abandono nesta manhã. Sem mercadorias, muitos comerciantes sequer apareceram na feira da Rua Engenheiro Moacir Reis, em Laranjeiras, na Zona Sul.

De acordo com os frequentadores, mais de 15 vendedores não foram trabalhar. As poucas barracas montadas estavam praticamente vazias. Apenas um vendedor que tem produção própria vende hortaliças.

O feirante Marcio Silva precisou reajustar o preço das tangerinas. A duzia passou de R$ 8 para R$ 10.

— Não tem nada na Ceasa.

Quem foi ao entreposto comercial, em Irajá, na Zona Norte, se arrependeu.

— Comprei menos da metade das frutas e pelo dobro do preço — disse um vendedor.

O Globo