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15/10/2017

Carla Diaz comemora sucesso de Carine: ‘Ninguém me vê mais como criança’

Foto: Vinícius Mochizuki / Ed.Globo

Nunca recebi tanta mensagem de homem (risos)

Bem-humorada e sempre acompanhada da mãe, a artista plástica Mara Diaz, Carla deu muitas risadas ao relatar o assédio do público masculino que, segundo ela, tem sido respeitoso. “Nunca recebi tanta mensagem de homem (risos). É sério. Teve uma vez que eu viajei para São Paulo e eu percebi uns olhares para mim no avião. Quando cheguei à minha casa, fui ler os recados nas redes sociais e tinham cinco de homens que estavam naquele mesmo voo”, conta.

 

Totalmente à vontade com as câmeras e bastante consciente das consequências da fama, a atriz sabe muito bem aonde quer chegar e não se acomoda com o tempo de profissão. “Quando eu quero uma coisa, eu vou fazer de tudo para dar certo. Óbvio que não sou igual a Carine, que passa por cima de outras pessoas para conseguir o que quer. Eu sou uma jovem mulher que ainda tem muito que aprender, tanto na vida profissional quanto na pessoal”, assume.

 

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Preocupada em entender melhor o meio em que trabalha, Carla entrou na Faculdade de Cinema. “Aprendi a parte de fotografia, efeito especial, roteiro, direção, figurino e caracterização. E isso me fez admirar ainda mais o trabalho de todos esses profissionais. Eu já dirigi alguns curtas na faculdade. Quem sabe mais para frente eu não produza alguma coisa? Mas nunca vou deixar de ser atriz”, afirma ela, que diz nunca ter tido dúvida sobre o queria. “Eu não passei por aquela fase que muitos amigos meus passaram de indecisão, do que prestar vestibular, qual profissão seguir. Eu sempre fui e quis ser atriz”, declara.

 

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Você esperava todo esse sucesso da Carine?

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)


Eu entrei para fazer uma participação na novela e eu não sabia quanto tempo duraria. Mas a personagem foi crescendo, a parceria com a Juliana Paes e o Emílio Dantas deu tão certo, assim como a aceitação do público, que ela acabou ficando até o fim da trama. Estou muito feliz. Não tem como eu dizer em palavras o tamanho dessa felicidade. A Carine me surpreendeu muito e me surpreende a cada capítulo que eu gravo.

 

Muitos atores do elenco você já conhecia e fazia muito tempo que não contracenava com eles. Como foi esse reencontro?


Do núcleo, eu já tinha trabalhado com a Juliana Paes. Fizemos Laços de Família (2000), O Clone (2001) e a Casa das Sete Mulheres (2003). Só que a gente nunca se cruzou muito nessas novelas, só a conhecia de bastidores. Eu até postei uma foto antiga com ela esses dias. Elizângela também fez O Clone, mas nós também não tínhamos contracenado. Essa esta sendo a oportunidade de ficar cara a cara com elas. Ainda mais sendo rival da Juliana. Nunca pensei que isso poderia acontecer.

 

E a troca com o Emílio Dantas em cena é boa?


Eu nunca tinha contracenado com o Emílio nem o conhecia pessoalmente. Mas ele é incrível, entregue. Isso é bacana de dizer. Todo mundo que eu atuo lá é tão focado, tão dedicado... Fazer novela não é só aplicar o texto da autora na nossa interpretação. Tem toda uma equipe de caracterização, de direção, que está por trás dos bastidores. A dedicação de todo mundo e a vontade que aquilo dê certo é tão grande que o nosso núcleo cresceu demais. Isso é a prova que o time deu certo.

 

O que os telespectadores ainda podem esperar da Carine?

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)


Estamos na reta final, mas ainda vem muitas surpresas. Carine causou desde a primeira cena em que apareceu na novela, que já foi no meio da trama. Mas ela fez tanta coisa que parece que já tem mais tempo. E é óbvio que até o último capítulo ela vai continuar causando. Eu fico com pena de Bibi. Se bem que tem muito fight, muito combate vindo por aí também.

 

Você torce pela Carine?


Ela vai atrás do que ela quer com unhas e dentes. Mas eu não tenho como defendê-la em uma situação como essa. Coitada da Bibi. Ela faz tanta provocação com a mulher. Eu jamais faria isso com alguém. Essa personagem tem uma veia de vilã. E as pessoas nunca me viram fazendo isso. Mas ela também tem um lado comédia. Ela sempre solta uma frase engraçada e não é a toa que as pessoas estão curtindo tanto. Eu achei que ia ser odiada e, para minha surpresa, as pessoas estão adorando, ficando até com pena da Carine. Elas me param na rua e falam para eu fugir da Bibi e não deixar ela me bater desse jeito. Outra coisa que os fãs dizem é para eu largar o Rubinho e ficar com eles. Recebo um pedido de casamento por dia. Mas nenhum real. Tudo só na brincadeira.

 


Qual a melhor lembrança que você guardará de A Força do Querer?


Difícil dizer só uma coisa. Essa novela marcou minha trajetória. Eu vou guardar tanta coisa, tanto aprendizado. Principalmente com o diretor, Allan Fiterman, que comanda toda a parte do núcleo do Morro do Beco na novela. Eu aprendi muito com ele e me admirei com isso. E a Ju Paes também. Essa parceria nossa é incrível. As duas pensam muito parecido sobre ser atriz. Nós somos muito entregues. Se for para cair no chão, a gente vai cair e rolar no chão para que a cena fique boa. Nunca usamos dublê nas cenas de briga.

 

Como surgiu o convite da Glória Perez?


Eu recebi uma ligação do nada. Estava há três meses sem trabalhar, tinha saído da Record, com aquela ansiedade querendo produzir, encarar um novo desafio. Eu pedi tanto a Deus uma portinha e ele me veio com esse portal. A produtora de elenco me ligou perguntando se eu queria fazer parte do elenco e é óbvio que eu disse sim. Comemorei muito o convite.

 

A Carine é uma personagem muito sexy. Você acredita que ela foi importante para as pessoas desassociarem sua imagem de menininha?


Essa coisa de ex-atriz mirim é muito criação de vocês jornalistas. Ninguém me vê mais como criança. Eu acho engraçado quando eu vejo as manchetes: ‘Carla Diaz cresceu’. Eu tenho 26 anos. Cresci faz um tempo já. Mas, como aos 2 anos de idade já fazia publicidade e aos 4 eu já estava fazendo novela, tive oportunidades de mesmo nova fazer personagens marcantes. Algumas pessoas ainda têm recordações minhas como Khadija, de O Clone, ou a Raquelzinha, de Laços de Família. Em cada fase da minha carreira, tive a oportunidade de fazer um papel forte. A Khadija marcou muito com os bordões, o 'inshalá', que significa se Deus quiser, que eu até tatuei. Acho que eu vou ter 100 anos e as pessoas ainda vão lembrar dela. Mas não acho que seja porque elas me têm na cabeça como criança.


O assédio na rua aumentou por conta da repercussão da novela das 9?


Todo mundo está me abordando agora, da vovozinha às crianças. É impressionante. Eu não achei que essa personagem fosse ser tão querida por ter algumas atitudes que a maioria da população considera errada. Mas ela está é. As crianças adoram a Carine. Eu não sei se é porque ela usa um figurino alegre, ou porque tem um jeitinho meio inocente, apesar de toda a provocação. Ela tem um jeito brincalhão e acho que as crianças se identificam com isso. E os adultos sempre vem com certa malícia. Teve uma vez que a gente estava gravando na comunidade Tavares Bastos e tinha uma senhorinha varrendo a porta da casa dela. Você acredita que ela pegou a vassoura e disse que ia me bater?! Mas ela falou brincando. Na hora eu até gravei um vídeo e postei no Instagram.

 

O assédio masculino aumentou também?

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)


Nunca recebi tanta mensagem de homem (risos). É sério. Teve uma vez que eu viajei para São Paulo e eu percebi uns olhares para mim no avião. Quando cheguei à minha casa, fui ler os recados nas redes sociais e tinham cinco de homens que estavam naquele mesmo voo. Todos dizendo que "adoraram me conhecer". Eu achei muito engraçado porque eram cinco caras que não se conheciam e nem estavam no mesmo grupo. Eles conseguiram chegar até mim pela rede social. Eu me divirto. Mas a Carine agrada todo mundo. O público gay também se identifica. Algumas frases dela viraram memes, como ‘atura ou surta’ ou ‘morre que passa’.


Você já passou alguma situação assédio ou de constrangimento?


Nunca recebi nenhuma cantada que me deixou constrangida. Eles chegam e abordam de um jeito tão carinhoso, já vão logo para a comédia. Acho que as pessoas conseguem separar a Carine da Carla. Os homens têm sido respeitosos.

 

Solteira? Feliz?


Muito feliz e sem tempo. Acho que tudo acontece na hora exata. Estou aqui falando com você e depois ainda tenho uma série de compromissos, então, por enquanto, estou solteira e focada na Carine.

 

O sucesso da Carine influenciou nas suas redes sociais também?


Muito. Em dois o meu número de seguidores no Instagram dobrou. Ultrapassei um milhão. Graças a Deus, o carinho do público é tão grande que eu não tenho quase nenhum hater. Eu só recebo mensagens positivas, elogiando o meu trabalho. Às vezes, alguém chega dizendo que odeia a Carine, mas me adora porque eu estou fazendo uma personagem legal. Esse retorno é bacana. A gente faz o nosso trabalho não só pela nossa realização pessoal, mas também pelo público. Se eles não estão gostando de alguma coisa, tentamos mudar.

 

Como você se define como mulher?

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)


Eu sou uma mulher muito brincalhona. Acho que eu vou ser uma eterna criança no sentido de querer levar a vida tranquila, de forma leve. Mas eu sou muito dedicada e focada no meu trabalho. Quando eu quero uma coisa, eu vou fazer de tudo para dar certo. Óbvio que não sou igual a Carine, que passa por cima de outras pessoas para conseguir o que quer. Eu sou uma jovem mulher que ainda tem muito que aprender, tanto na vida profissional quanto na pessoal. Hoje, com 25 anos de carreira e 26 de idade, eu aprendi muita coisa, mas ainda tenho muito que aprender.Tenho muitos sonhos para realizar.

 

Quais são os prós e contras de ter crescido sob os holofotes?


Desde que eu me entendo por gente eu sou atriz. Eu tenho certeza que foi umas das melhores coisas que aconteceram na minha vida porque eu descobri desde cedo o que eu quero para minha vida. Eu não passei por aquela fase que muitos amigos meus passaram de indecisão, do que prestar vestibular, de que profissão seguir. Eu sempre fui e quis ser atriz. Eu só vejo como vantagem. Eu tive o meu tempo de criança. Gravar sempre foi uma diversão. Sempre foi muito prazeroso, gratificante e empolgante entrar em um estúdio. Nunca tive o sentimento de ter deixado de fazer algo que eu queria. Ter começado muito cedo, me deu uma responsabilidade e um poder de organização muito grande. Eu sou apaixonada por uma vida sem rotina e a carreira artística me proporciona isso. Começar cedo também me fez aprender mais cedo. Óbvio que eu vou continuar estudando e me aprimorando, mas eu vejo como um privilégio ter começado cedo.

 

Você continua se aperfeiçoando como atriz? Faz algum tipo de curso?

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)


Eu faço faculdade de Cinema. Acho que tem tudo a ver com a minha profissão. Eu também tinha curiosidade de conhecer a teoria de tudo aquilo que eu sabia na prática. Eu queria entender melhor o que as pessoas que estão ao meu redor faziam e na faculdade eu passei por tudo. Aprendi a parte de fotografia, efeito especial, roteiro, direção, figurino e caracterização. E isso me fez admirar ainda mais o trabalho de todos esses profissionais. Eu já dirigi alguns curtas na faculdade. Quem sabe mais para frente eu não produza alguma coisa? Mas nunca deixarei de ser atriz.


Em algum momento você já pensou em desistir da carreira?


A gente tem que prestar muito atenção em quem começa a carreira criança para saber se é o desejo dela ou dos pais. Minha mãe sempre me perguntava muito o que eu queria, se eu estava gostando. Saí de Chiquititas porque eu não queria mais ficar na novela. Fiquei quase três anos morando na Argentina, apesar de ter sido uma experiência incrível para mim. Foi uma das melhores fases da minha vida. Tenho recordações lindas até hoje.

 

Você conseguiu conquistar sua independência financeira?


Agora depois de adulta eu não dependo mais dos meus pais. Com 15 anos, minha mãe me deu um apartamento de presente, comprado com o fruto do meu trabalho. Meus pais sempre tiveram a consciência de investir o dinheiro que eu recebi pensando no meu futuro.

 

Carla Diaz (Foto: Vinícius Mochizuki/ Ed.Globo)

 

Você é consumista?


Eu acho que eu sou até meio mão de vaca. Eu adoro presentear meus amigos, minha família, mas quando é comigo, sou mais cautelosa. Eu não lembro quando foi a última vez que eu entrei em um shopping para fazer compras. Eu só vou quando eu realmente estou precisando de alguma coisa. Eu não sou consumista mesmo. Também sou muito desapegada das coisas materiais. Eu uso o que eu gosto, independente de ter grife ou não.


Chiquititas foi um marco para uma geração. Você tinha noção do sucesso que fazia?


A gente morava e gravava a série na Argentina, mas a novela só passava no Brasil. Então, nós vivíamos como crianças normais. Tinha zero assédio, ninguém sabia quem era a gente. Só sentíamos essa fama quando vínhamos para cá fazer shows, gravar entrevistas e visitar nossas famílias. Teve uma vez que o aeroporto precisou ser fechado de tanta gente esperando a gente chegar. Foi um momento bem mágico, marcante e nostálgico da minha carreira.

 

Quem do elenco você tinha mais afinidade?


A vantagem de ter começado cedo e fazer tanta coisa é que a gente acaba criando muitos amigos, que perduram por uma vida. Eu tenho amizade com a Mariane Oliva, que fazia a Marian. Quando eu vou para São Paulo não tem como eu não a visitar. Também sou amiga da Marina Belluzzo, que fazia a Lúcia, e tem o Thiago Oliveira, que eu já conhecia antes de Chiquititas. Ele é meu irmão de coração, que a vida me deu.

 

Já tem novos trabalhos em vista?

 

Carla Diaz Digital Cover (Foto:  )

Fotos: Vinícius Mochizuki / Ed.Globo


Com o sucesso da Carine, muitas portas se abriram para mim. Ela me deu uma visibilidade muito boa, graças a Deus. Já tenho uma novidade boa para televisão, uma novela, mas não posso dar detalhes ainda. Ano que vem, também estou produzindo um espetáculo teatral e meu primeiro filme como protagonista, que se chama Jogos Clandestinos, que ainda não tem data para estreia. Estou muito feliz e ansiosa para ver o resultado logo. É uma comédia misturada com ação que ficou bem bacana.

 

Revista Quem 

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