Filmado inteiramente em preto-e-branco, “O Abraço da Serpente” (2015) narra expedição de explorador europeu em contato com xamã na Amazônia
Indicação da Colômbia ao Oscar de Filme Estrangeiro no ano passado, o longa-metragem “O Abraço da Serpente” (2015) será exibido em duas sessões gratuitas nesta sexta-feira (18), às 16h e às 19h, no Auditório Gabriel Gentil do Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA), no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.
A iniciativa é uma realização do Consulado Geral da Colômbia em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura.
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Além da indicação no Oscar 2016, “O Abraço da Serpente” foi premiado internacionalmente em diversos eventos de renome, entre eles o Art Cinema Award, na Quinzena de Produtores do Festival de Cannes, e foi o vencedor do Prêmio Ariel de Melhor Filme Ibero-Americano, em 2016.
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Ator indígena Antonio Bolívar
O longa colombiano também ganhou troféus nos festivais de Istambul, de Lima, de Mar Del Plata e de Rotterdam, entre outros.
Aventura na Amazônia
Com duração de duas horas, o drama dirigido por Ciro Guerra apresenta o diário de expedição de dois viajantes europeus que percorreram o rio Amazonas no início e na metade do século XX em busca de uma planta considerada mítica para os aborígenes. A expedição torna-se, mais tarde, o fio condutor do filme.
A história começa com Théo (Jan Bijvoet), um explorador europeu que, com a ajuda do xamã Karamakate (Nilbio Torres), percorre o rio Amazonas em busca da mítica planta dos indígenas, que ele acredita que pode curar a sua enfermidade.
Longa- metragem possui diálogos nas línguas de diversas etnias indígenas
da Amazônia internacional (Fotos: Reprodução)
Quarenta anos depois, outro explorador chamado Evan (Brionne Davis) percorre o mesmo caminho de Théo, mas desta vez tenta convencer um Karamakate já idoso (Antonio Bolívar) a ajudá-lo.
“O Abraço da Serpente” foi o primeiro filme indicado pela Colômbia para disputar uma vaga à indicação de Melhor Filme Estrangeiro do Oscar.
O longa-metragem é baseado nos diários dos cientistas Theodor Koch-Grünberg e Richard Evan Schultes, e tem diálogos nas línguas de diversas etnias indígenas da Amazônia internacional, entre elas Tikuna, Wanano, Bora e Ocaina – esta a mesma do protagonista do filme, o ator indígena Antonio Bolívar.