29 de Marco de 2024 - Ano 10
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Internacional
03/01/2019

China faz história ao pousar sonda pela primeira vez do lado oculto da Lua

Foto: China National Space Administration / AFP

O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030

Uma sonda da China pousou com sucesso no lado oculto da Lua nesta quinta-feira, informou a agência espacial do país, que louvou o evento como um acontecimento inédito do programa espacial.


Lançada em dezembro, a sonda lunar Chang’e-4 fez um “pouso suave” às 2h26 (horário de Greenwich) e transmitiu a primeira imagem em “close” do lado oculto da Lua, informou a Agência Nacional de Administração Espacial da China.


A Lua está ligada à Terra pelas marés, girando na mesma velocidade enquanto orbita nosso planeta, por isso seu lado oculto –ou “lado negro”– jamais é visível para nós. Espaçonaves anteriores viram o lado oculto, mas nenhuma havia pousado nele.


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O pouso “ergue o véu de mistério” do lado oculto da lua e “iniciou um novo capítulo na exploração lunar humana”, disse a agência em um comunicado publicado em seu site, que incluiu uma foto colorida que mostra um grande ângulo de uma cratera da superfície da lua.

 

Primeira imagem do lado oculto da Lua feita pela sonda

(Foto: Administração Nacional Espacial da China)


A sonda, que tem um módulo de aterrissagem e um jipe, desceu em uma área escolhida na Cratera Von Karman, próxima do polo sul da lua, depois de entrar na órbita lunar em meados de dezembro.


Entre as tarefas da Chang’e-4 estão observações astronômicas, análises do terreno lunar, da forma do solo e da composição mineral e a medição da radiação de nêutrons e os átomos neutros para estudar o meio ambiente do lado oculto.


O pouso é um marco para a China, que corre para alcançar a Rússia e os Estados Unidos e se tornar uma grande potência espacial até 2030. Pequim planeja iniciar a construção de sua própria estação espacial tripulada no ano que vem.


Embora a China tenha insistido que suas ambições são totalmente pacíficas, o Departamento de Defesa dos EUA a acusou de desenvolver atividades para impedir outras nações de usarem recursos situados no espaço durante uma crise.

 

Simulação do pouso da Chang'e 4, visto pelo monitor do Centro de

Controle do Espaço em Pequim (Foto: Jin Liwang / Xinhua News via AP)


À parte suas ambições civis, a China já testou mísseis antissatélite, e o Congresso norte-americano proibiu a agência espacial dos EUA de cooperar com sua equivalente chinesa devido a preocupações de segurança.

 

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Agora que a competição está se acelerando no espaço, o presidente dos EUA, Donald Trump, pretende criar uma nova “Força Espacial” que seria uma sexta divisão dos militares até 2020.


Mas a corrida espacial também acelera no setor privado, já que várias empresas almejam comercializar as viagens espaciais — como a californiana SpaceX, que agitou a indústria com seus foguetes reutilizáveis e de baixo custo Falcon 9.

 

Imagem feita pela Chang'e 4 durante a chegada

à Lua (Foto: Xinhua News Agency via AP)

 

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