19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política
30/05/2019

Cidades brasileiras fazem manifestações contra bloqueios vebas na educação

Foto: Reprodução

Até por volta de 13h, ao menos 55 cidades de 18 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações.

Cidades brasileiras registraram nesta quinta-feira (30) protestos em defesa da educação. Até por volta de 12h30, ao menos 54 cidades de 18 estados e do Distrito Federal haviam tido manifestações.

 

Este é o segundo dia de protestos unificados pelo país contra os cortes anunciados pelo governo federal para o setor. Em algumas cidades, como Caruaru (PE), São Carlos (SP) e Teresina (PI), houve paralisação com adesão de professores em instituições federais de ensino, que ficaram sem parte das aulas.

 

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Os atos seguiram pacíficos por toda a manhã, mas houve confusão no início da tarde em Brasília. Durante um princípio de tumulto entre policiais militares e manifestantes, a polícia usou spray de pimenta contra um grupo e um homem foi detido.


Entenda o corte no orçamento da Educação


Os primeiros atos pela educação no governo de Jair Bolsonaro ocorreram em 15 de maio, quando ao menos 222 cidades dos 26 estados e do Distrito Federal tiveram protestos. Nesta quinta-feira, parte dos manifestantes também protestava contra a reforma da Previdência.

 

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No último domingo (26), em uma onda de protestos que ganhou força após os primeiros atos pela educação, manifestantes foram às ruas em defesa de Jair Bolsonaro. Os atos pró-governo federal e por medidas como a reforma da Previdência e a ministerial se espalharam por ao menos 156 cidades de todas as unidades da federação.

 

Entenda os cortes na educação


Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,1 bilhões da educação
Dos R$ 5,8 bilhões cortados, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal;


Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado;


Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio


Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte anunciado em março;


Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios;


Os atos pelos país


São Paulo



São Carlos, 9h: Estudantes da USFCar prostentam nesta

quinta-feira (30) (Foto: Gabrielle Chagas/G1)


No interior de São Paulo, o protesto em Ribeirão Preto ocorreu em frente ao campus da USP e durou duas horas. Manifestantes distribuíram panfletos e exibiram cartazes e faixas com frases como “Sem investimento não haverá conhecimento” e “A educação resiste”. Houve bloqueio de uma via na entrada da instituição, o que deixou o trânsito lento perto da universidade.

 

Em Santos, petroleiros fizeram ato em apoio aos estudantes e em defesa das refinarias, contra a privatização e a Reforma da Previdência.

 

Em Araraquara, um grupo de estudantes protestou na portaria do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Eles permitiram a entrada de funcionários terceirizados e alunos que desenvolvem algum tipo de pesquisa científica.

 

Em São Carlos, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) saíram em passeata direção ao Centro da cidade. Houve paralisação na UFScar, segundo a associação de professores, mas a assessoria de imprensa da universidade informou que a adesão é uma decisão pessoal e que a instituição funciona normalmente.

 

Em Tupã, estudantes e moradores participaram de uma mobilização na frente do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Pais e professores também se juntaram ao ato, numa aula aberta que começou por volta de 7h30.

 

Em Itaquaquecetuba, estudantes, professores e líderes de movimentos fizeram aula pública na praça Padre João Álvares.

 

Em Birigui, manifestantes se reuniram na Praça James Mellor, em frente à prefeitura.

 

Distrito Federal

 



Manifestantes fazem ato pela educação e contra reforma da

Previdência em Brasília (Foto: Luiza Garonce/G1)


Em Brasília, os manifestantes começaram a se reunir por volta das 10h na praça do Museu Nacional da República. Além da pauta da educação, eles protestaram contra a reforma da Previdência e contra medidas do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

 

A Esplanada dos Ministérios chegou a ficar bloqueada por volta de 12h15, enquanto os manifestantes caminhavam no sentido Praça dos Três Poderes. Durante o trajeto, houve um princípio de tumulto entre policiais militares e manifestantes. A corporação usou spray de pimenta contra o grupo, e um homem foi detido.

 


Confusão entre policiais militares e estudantes durante protesto contra cortes de

verbas na educação, em Brasília, nesta quinta-feira (30) (Foto: Luiza Garonce/G1)

 

Bahia

 



Salvador, às 11h: manifestantes realizam passeata no centro da capital baiana em

protesto contra cortes de verbas da educação (Foto: Maiana Belo/G1 Bahia)

 

Na Bahia, professores e estudantes fizeram ato nesta manhã ato no Centro de Salvador. A concentração começou por volta das 9h, no Largo do Campo Grande. Também houve protesto em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros da capital baiana.


Pernambuco



Recife, 10h: Estudantes, professores e servidores da UFRPE participaram

de atos contra os cortes na educação, nesta quinta-feira (30)

(Foto: Assessoria de Comunicação/UFRPE)


Em Pernambuco, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) realizaram um "abraço simbólico" ao prédio da instituição, no bairro de Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife.

 

Em Caruaru, no Agreste pernambucano, o ato pela educação também incluiu a pauta contra a reforma da Previdência. Professores, alunos e representantes de partidos e associações participaram do movimento e saíram em caminhada pelas principais ruas do Centro segurando cartazes e gritando palavras de ordem.

 

O campus de Caruaru do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) aprovou a paralisação das aulas nesta quinta. No campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), cada professor irá decidir se dará aula ou não. Também houve ato nos municípios de Barreiros e Garanhuns.

 

Piauí

 


Teresina, 10h00: manifestantes fazem ato no Centro

de Teresina (Foto: Lorena Linhares/G1)


Em Teresina, um grupo de manifestantes se reuniu na Praça da Liberdade, no Centro de capital piauiense, e saiu em passeata pelas ruas. Professores da Universidade Federal do Piauí informaram que aderiram à greve, e há a previsão de que algumas aulas sejam suspensas nesta quinta.

 

Maranhão

 

 

Em São Luís, estudantes distribuíram panfletos na Avenida dos Portugueses informando aos motoristas sobre os objetivos do ato e bloquearam acessos na entrada e na saída da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

 

Sergipe


E
m Sergipe, um grupo de estudantes fechou o principal acesso do campus da Universidade Federal de Sergipe (UFS) no município de São Cristóvão (SE). As audiências no Fórum Prof. Gonçalo Rollemberg Leite, localizado dentro do campus, foram suspensas porque os magistrados, servidores, advogados e os jurisdicionados foram impedidos de entrar na unidade.

 

Ceará


No Ceará, até por volta de 10h30, ao menos cinco cidades do interior tiveram atos pela educação. Manifestantes protestaram em Iguatu, Itapipoca, Itarema, Barbalha e Quixadá.

 

Paraná



No Paraná, um grupo de alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em Cascavel participaram de ato.

 

Mato Grosso

 

Em Mato Grosso, manifestantes se reuniram em Rondonópolis e Tangará da Serra, cidades a 218 e 242 km de Cuiabá, respectivamente.

 

Pará

 

No Pará, houve paralisações de docentes, alunos e técnicos em ao menos quatro cidades. Em Belém, estão suspensas as aulas na UFPA, UFRA e IFPA. Os portões da UFPA em Altamira, em Tucuruí e na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), em Marabá, também fecharam.

 

Santa Catarina


Em Camboriú, no Litoral Norte catarinense, um grupo fez cartazes no pátio e na entrada do Instituto Federal Catarinense (IFC) nesta manhã. A concentração começou por volta das 9h.

 

Em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os estudantes se organizavam nesta manhã em unidades acadêmicas pintando faixas e cartazes.

 

Amapá


Em Macapá, um grupo formado por professores e estudantes e professores fez ato na portaria do campus Marco Zero da Universidade Federal do Amapá (Unifap).

 

Paraíba

 

Na Paraíba, grupos de estudantes e professores de universidades e institutos federais fizeram atos em Sousa e João Pessoa. Além da pauta da educação, eles também protestaram contra a reforma da Previdência. Em Souza, o grupo montou tendas no Calçadão, no Centro da cidade, para conversar com as pessoas sobre a Previdência. Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus de João Pessoa, houve uma panfletagem e caminhada de estudantes e professores. Não houve aula na instituição de manhã.

 

Acre


No Acre, centrais sindicais se reuniram no Centro de Rio Branco em um ato que, além de protestar contra os cortes na educação, criticava a reforma da Previdência.

 

Rio Grande do Sul
 

No Rio Grande do Sul, houve atos em cidades como Pelotas, Santa Rosa, Santa Maria, Rio Grande Lajeado e Venâncio Aires.

 

Mato Grosso do Sul

 

Em Mato Grosso do Sul, estudantes, professores e indígenas fazem atos na capital, Campo Grande, e em municípios como Amambai, Anastácio e Dourados.

 

Alagoas


Em Alagoas, estudantes, professores e trabalhadores protestaram na cidade de Arapiraca nesta manhã.

 

Minas Gerais


Em Minas Gerais, estudantes, professores e servidores públicos se reuniram no Centro de Belo Horizonte. Desde as 9h, dois pequenos grupos se reuniam em praças da região. Na Afonso Arinos, foi montada uma tenda e foram expostos cartazes a favor da educação pública e também com números que representam a quantidade de estudantes e professores na Universidade Federal de Minas (UFMG). Já na Praça Sete, manifestantes fizeram panfletagem. Houve paralisação no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).

 

Globo.com

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