28 de Marco de 2024 - Ano 10
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04/05/2016

Cientistas mantém vivos embriões humanos criados em laboratório por duas semanas

Foto: Lennart Nilsson / AP

Pesquisadores quebraram recorde de tempo

Cientistas anunciaram nesta quarta-feira que conseguiram cultivar embriões humanos em laboratório e mantê-los vivos por quase duas semanas, um feito sem precedentes que pode levar a avanços no conhecimento sobre reprodução assistida, terapias com células-tronco e na formação dos Homo sapiens.

 

Além de abrir uma porta para os primeiros passos na criação de indivíduos, o resultado do trabalho pode ajudar a explicar os abortos precoces e o motivo da fertilização in vitro ter uma elevada taxa de insucesso.

 

 

O feito permitiu observações do mais misterioso estágio da jovem vida humana. O trabalho de pesquisa da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, resultou em dois estudos publicados nesta quarta-feira na revista especializada "Nature and Nature Cell Biology".

 

"Esse é o mais enigmático e misterioso estágio do desenvolvimento humano. É neste momento que é determinada a forma básica do corpo", disse em entrevista à agência de notícias Reuters a professora Magdalena Zernicka-Goetz, uma das líderes do estudo.

 

Os cientistas usaram um método de criação de culturas biológicas que já tinha sido testado em embriões de ratos. Com ele, conseguiram fazer observações quase horárias do desenvolvimento dos embriões humanos até o 13º dia de crescimento.

 

O pesquisa permitiu ver como as células que eventualmente irão formar o corpo humano se auto-organizam na estrutura básica de um embrião.

 

"O desenvolvimento embrionário é um processo extremamente complexo, e, embora o nosso sistema não seja capaz de reproduzir completamente cada passo, revelou uma capacidade incrível de auto-organização que antes era desconhecida", disse Marta Shahbazi, uma das pesquisadoras da equipe.


Limite de 14 dias

 

Fotos: Reprodução / Internet

 

Além de avançar o conhecimento da biologia humana, os dados do estudo devem ajudar nos processos de fertilização in vitro, assim como avançar o campo de medicina regenerativa.

 

Entretanto, a pesquisa também levanta questões sobre uma lei internacional que atualmente proíbe o desenvolvimento de embriões humanos em laboratório além de um limite de 14 dias. Segundo Zernicka-Goetzm, apenas mais alguns dias já renderiam muita informação.

 

"Uma cultura mais longa poderia claramente fornecer informações críticas sobre a biologia humana básica. Mas isso também levanta a questão de onde colocaríamos o próximo limite", disse ela, em entrevista em Londres.


Fonte: O Globo

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