Preparador de goleiros Taffarel conversa com Alisson, sorridente com o telefone celular nas mãos
“Você saiu do grupo”. A mensagem, dependendo do contexto do WhatsApp, pode significar tristeza ou alívio, até mesmo boa dose de alegria. Na seleção brasileira de Tite, é sinal de que você está fora.
Pior é quando não aparece na tela aquele aviso de que você foi adicionado. Quando isso acontece, é porque o técnico abriu mão de você. Ao menos temporariamente.
Willian, por exemplo, foi o último a entrar no grupo criado pelo supervisor Luís Vagner no aplicativo, com o nome nada criativo de “Copa América”.
O meia perdeu várias mensagens até ser chamado para substituir Neymar, lesionado. O camisa 10 do PSG foi mantido no grupo mesmo depois do corte e agora faz o papel daquele tio que enche a tela alheia de mensagens motivacionais.
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— Neymar é um jogador que não deveria sair do grupo. Infelizmente uma lesão o tirou da Copa América, mas ele está no grupo, mandando mensagens de apoio, vibrações positivas — disse o jogador do Chelsea após a partida contra a Bolívia.
Na CBF, quem administra o grupo é a comissão técnica. A cada convocação, um grupo novo é criado, com a lista dos 23 jogadores chamados pelo treinador. A principal função é manter o elenco informado da programação de treinos e viagens, horários para as refeições, janelas de folga, uniformes que devem usar para um treinamento ou nos deslocamentos. Mas há espaço para brincadeiras e gozações também. Na pauta, zoações sobre o futebol brasileiro e o europeu.
— Tem coisa séria, programação, mas também tem brincadeira, um zoando o outro, é a vida. Tem que ter — disse o atacante Gabriel Jesus.
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Não existe uma regra sobre o funcionamento dos grupos de WhatsApp. Na seleção e no Chelsea de Willian, a comissão técnica é a responsável por criá-los e serem os administradores, decidir quem entra e quem sai. No City, talvez inspirados pelo estilo vanguardista do técnico Pep Guardiola, são os jogadores os responsáveis pelo grupo, sem a participação de dirigentes.
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