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04/04/2019

Confira as 10 frases mais marcantes do cantor e compositor Cazuza

Foto: Infoglobo

Cazuza

Há exatos 61 anos nascia Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza. Morto em 7 de julho de 1990, vítima de um choque séptico causado pela AIDS, o artista fez história na música com uma habilidade incomum com as palavras, digna dos maiores poetas.

 

A habilidade, vista nas letras de sucessos como Codinome Beija-Flor e Eu Preciso Dizer que Te Amo, também se mostrava gritante em entrevistas. Ele sempre tinha algo a dizer.

 

Para celebrar a memória de um dos maiores artistas brasileiros dos anos 80, a GQ relembra nesta data especial alguns dos seus depoimentos de Cazuza à imprensa.

 

São frases e pensamentos marcantes, que mostram o olhar de um artista em época de mudança, tornando-se menos careta e conservador, após anos de ditadura. Por isso, é inevitável não nos questionarmos: como ele veria o Brasil de hoje?

 

SOBRE A DIREITA


"Meu desprezo total. A direita é uma coisa tão mesquinha. É o poder individual. Eu gosto de viver no coletivo. Sou de esquerda porque tenho muito amigo, gosto de dividir as minhas coisas. Eu acho muito mais bonita a divisão", a Marília Gabriela, em 1988.

 

 

SOBRE O TEMPO


“Acho que o tédio é o sentimento mais moderno que existe, que define o nosso tempo”, à revista Interview, em 1988.

 

 

SOBRE A VIDA DESREGRADA


"Acho que o poeta é um insatisfeito. Então a noite, a vida noturna, a vida da boemia, da farra são geralmente frequentadas por pessoas insatisfeitas... Senão, sei lá, elas estariam em casa, por exemplo. Quando uma pessoa vai para o circuito é porque está a fim de viver suas fantasias, de mostrá-las para os outros... Acho que é a própria insatisfação do artista que o leva a ter uma vida desregrada", à revista Bizz, em 1988.

 

SOBRE OS EXCLUÍDOS


"Gosto do lado marginal da vida. Adoro ir para as biroscas, bater papo com malandros, prostitutas, pessoas que são felizes, fazem festa, mas no fundo são muito solitárias. Estou do lado dos derrotados e isso é poesia", à revista Bizz, em 1986.

 

SOBRE O OFÍCIO DE ARTISTA


"O artista não é um operário, que bate ponto e tal. Por mais que digam que ele é um operário da arte - a dona Fernanda Montenegro disse isso... - eu não acredito que ninguém possa ser operário da arte, porque a arte é contra a transformação do homem numa máquina. Como a religião, ela é uma coisa para tirar a pessoa daquele vazio...", à revista Bizz, em 1988.

 

SOBRE O MORALISMO


"Acho que a revolução é na vida da gente. Com 18 anos você quer mudar o mundo e com 40 não quer mais. Por que isso? A gente muda! Tem uma coisa de época, também. A gente está vivendo uma época careta agora. Teve uma época de distensão, de abertura de costumes, que foram os anos 60 e 70. Agora estamos voltando ao moralismo. E estamos vivendo uma época chata...", à revista Bizz, em 1988.

 

SOBRE A MUDANÇA NO MUNDO


"Eu sou muito otimista. Acho que o mundo mudou para melhor. Hoje em dia as mulheres têm a liberdade delas, existe uma outra interpretação da mulher, outra interpretação dos negros - nos EUA, pelo menos, teve, e isso é um exemplo para o resto do mundo. Vários povos se libertaram, não tem mais colonialismo, a não ser o financeiro. (...) O mundo está caminhando para uma coisa melhor. As minorias, os gays... hoje já se fala de homossexualismo de uma maneira totalmente aberta. Conseguimos uma vida melhor. Hoje a nova geração já trepa com 15 anos. Na nossa época isso era a maior repressão. Nós trouxemos isso, essa liberdade, para eles. Está tudo mais fácil. Tá certo que pagamos um preço caro por isso. Mas está aí.", à revista Bizz, em 1989.

 

SOBRE A AIDS


"O meu amor agora está perigoso. Mas não faz mal, eu morro mas eu morro amando.", à Folha de S. Paulo, em 1989.

 

SOBRE DEUS


“Troquei de analista e tenho mais fé. Chamei por Deus, sim, a gente sempre chama o nome de Deus em vão, não é? Acho que Deus é parte do medo que a gente tem”, à revista Amiga, em 1990.

 

 

Fotos: Reprodução

 

SOBRE A MORTE

 

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"Dizem que quem viu a cara da morte nunca mais volta igual. Eu mudei completamente. Voltei disso... A morte é um triângulo de luz. Como se fosse um shot de heroína. É o prazer total", a Marília Gabriela, em 1988. 

 

GQ

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