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12/12/2018

Conheça a incrível formiga 'drácula', que tem as mandíbulas mais potentes do mundo animal

Foto: Adrian Smith

A formiga drácula, nome da Mystrium camillae, morde a uma velocidade 5 mil vezes mais rápida que uma picada de olho

Imagine uma mordida dada com velocidade de 320 quilômetros por hora. Pois esta é a potência das mandíbulas da formiga drácula, nome popular da Mystrium camillae, um inseto que vive no Sudeste Asiático e na Oceania.

 

Trata-se do movimento animal mais rápido já registrado no planeta. É 5 mil vezes mais rápido do que uma piscada de olhos humanos.


"Essa alta velocidade de aceleração dos ataques que cria as forças de alto impacto é necessária para seus comportamentos predatórios e defensivos", escreveu o entomologista Andrew Suarez, professor de biologia animal da Universidade de Illinois, em estudo publicado no periódico científico Royal Society Open Science. "Essas formigas são fascinantes. Suas mandíbulas são muito incomuns."


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"Mesmo entre formigas que amplificam o alcance de suas mandíbulas, as drácula são únicas: em vez de usar três partes diferentes para a mola, o trinco e o braço da alavanca, todas essas três partes são combinadas na estrutura da mandíbula", explica o pesquisador Adrian Smith, do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte e da Universidade Estadual da Carolina do Norte, coautor do estudo. O movimento é semelhante ao de um estalar de dedos humanos.


Segundo os estudiosos, as formigas drácula usam esse movimento brusco para atacar artrópodes, atordoando-os e esmagando-os. Os bichos mortos são levados para o ninho, onde servem de alimento para as larvas. Os cientistas até prepararam um vídeo que mostra o bicho em ação.
Método

 


Junto a colegas, o professor de entomologia e biologia animal

Andrew Suarez estudou a velocidade e as características

mecânicas da formiga drácula (Foto: L. Brian Stauffer)


Os pesquisadores usaram câmeras de vídeo para conseguir identificar e medir o movimento das formigas drácula.


"Outros cientistas já haviam descrito o mecanismo, mas antes ninguém sabia a velocidade desse movimento", conta o pesquisador Fredrick Larabee, do Museu Nacional Smithsoniano de História Natural.


"Tivemos de utilizar câmeras incrivelmente rápidas para captar todo o movimento. Também usamos tecnologia de raio-X para ver a anatomia dessas formigas e entender melhor como o movimento funciona."


Em seguida, os pesquisadores criaram modelos de computador para testar como cada elemento da estrutura mandibular do bicho afetava a composição do movimento. "Concluímos que estávamos diante do mais rápido movimento já conhecido feito por um animal", disse Larabee.


Ao comparar com outras espécies de formigas, os pesquisadores perceberam que a drácula evoluiu de uma maneira diferente, em que pequenas mudanças no formato da mandíbula acabaram fazendo com que ela pudesse agir como uma mola.


Agora os cientistas querem analisar como essas formigas usam tais propriedades no dia a dia, ou seja, em sua vida natural. Ainda não se sabe exatamente como elas capturam suas presas e defendem seus ninhos, por exemplo, mas se acredita que as mandíbulas extremamente ágeis tenham papel fundamental nisso.


O soco do camarão

 


Fredrick Larabee, pesquisador de pós-doutorado no Museu

Nacional Smithsoniano de História Natural, é um dos autores

do estudo sobre a espécie (Foto: Fredrick Larabee)

 

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O comportamento da formiga drácula faz lembrar o observado pelo camarão mantis, um animal marinho conhecido por espancar a presa antes do abate.


Trata-se de um crustáceo, também conhecido como tamarutaca, lagosta-boxeadora, lacraia-do-mar ou camarão-louva-a-deus-palhaço. Uma das suas espécies, o Odontodactylus scyllarus, dá um "soco" que chega a 80 quilômetros por hora.


Assim, o bicho consegue, por exemplo, quebrar a carapaça de um caranguejo - e garantir uma boa janta. O crustáceo habita a região do Indo-Pacífico, de Guam até a África Oriental.


Recentemente, também utilizando câmeras de alta precisão, um grupo de cientistas conseguiu analisar e medir esse curioso movimento. O trabalho foi publicado pelo periódico iScience em outubro.

 

BBC Brasil

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