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18/02/2019

Corpo feminino 'bloqueia' espermatozoides lentos, comprovam cientistas

Foto: AFP

Estudo analisou como os espermatozoides se saíam quando atingiam partes estreitas do sistema reprodutor feminino, como a pequena abertura do útero para as trompas de falópio

Cientistas encontraram evidências de que o sistema reprodutivo feminino é moldado de tal forma que espermatozoides mais lentos e fracos ficam pelo caminho e não atingem o óvulo.

 

A pesquisa foi feita usando modelos em pequena escala e simulações em computador para mostrar o trajeto do espermatozoide desde o colo do útero até o óvulo.

 

Para isso, foram usados espermatozoides de homens e touros, e o resultado demonstrou que os "nadadores mais fortes, conhecidos como estenoses, eram mais propensos a atravessar os pontos estreitos. Já os mais fracos, foram pegos por correntes que os empurraram para trás quanto mais avançavam.

 

— O efeito geral dessas restrições é evitar que espermatozoides mais lentos avancem e selecionar os espermas com maior mobilidade — disse Alireza Abbaspourrad, químico e principal autor do estudo da Universidade de Cornell, em Nova York. 

 

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As habilidades de natação dos espermatozoides foram estudadas antes, mas os cientistas de Cornell examinaram especificamente como os espermatozoides se saíam quando atingiam partes estreitas do sistema reprodutor feminino, como a pequena abertura do útero para as trompas de falópio. Estes representam um desafio particular, até porque os espermatozoides estão nadando diagonalmente para cima, o que significa que eles devem lutar através do fluido que está passando em direção a eles.


— Se você olhar para a anatomia do sistema reprodutivo em mamíferos, você pode ver que as dimensões do canal que leva ao óvulo não são constantes. Em alguns pontos é extremamente estreito, para que apenas alguns espermatozoides possam passar enquanto outros falham — disse Abbaspourrad.


Para ver como o esperma se comportava nas restrições, Abbaspourrad e seus colegas construíram um pequeno dispositivo “microfluídico” que imitava os pontos apertados que o espermatozoide tinha para navegar. O dispositivo tinha três pequenos compartimentos em forma de olho, separados por um ponto de pinça.

 

Os cientistas organizaram o dispositivo para que o esperma injetado nele tivesse que nadar contra um fluido em movimento para alcançar as restrições. Escrevendo na revista "Science Advances", eles descrevem como alguns nadam rápido o suficiente para atravessar os pontos de contato, mas a maioria foi pega na corrente que se aproximava. Um vídeo do esperma mostrou-os nadando até a parte estreita, sendo impelidos para trás e, em seguida, fazendo outra festança.

 

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Tanto o espermatozoide humano quanto o de touro se comportavam da mesma maneira quando ficavam presos à entrada estreita.


— Os resultados mostram que apenas os espermatozoides mais rápidos e, portanto, melhores, podem passar por esses estreitamentos contra um fluxo de fluido - disse Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield. — Isso faz um perfeito sentido biológico e ajudaria a explicar como o sistema reprodutivo feminino é capaz de garantir que os melhores espermatozoides cheguem ao óvulo.


O Globo

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