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16/05/2019

Dançar funk pode contribuir para problemas na coluna e hérnias

Foto: Reprodução / Instagram

Esforços repetitivos e impacto do movimento geram desgastes dos discos vertebrais, afirma especialista; cantora Ludmilla trata de três hérnias de disco

Dançar funk, por conta de esforços repetitivos e pelo impacto causado pelo uso de sapatos de salto, pode contribuir para o desenvolvimento de hérnias de disco e outros problemas relacionados à coluna, como dor muscular e artrose, afirma o ortopedista Alexandre Fogaça, do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da USP (HCFMUSP). Neste domingo (12), a cantora Ludmilla, 24, teve que cancelar suas apresentações devido a dores causadas por três hérnias de disco.

 

De acordo com Fogaça, a hérnia de disco tem causas multifatoriais, podendo ser causada pela pré-disposição genética, movimentos bruscos, impactos, esforços repetitivos, idade, peso, sedentarismo e má postura.

 

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No caso do funk, ao realizar o movimento do "quadradinho", há rotação da coluna e a realização de um esforço repetitivo, o que prejudica essa estrutura óssea e desgasta os discos vertebrais.

 

Fogaça afirma que atletas costumam ter problemas ortopédicos por conta das repetições de esforços, pelo impacto e pela movimentação brusca. Isso acontece porque o esporte, assim como a dança profissional, por conta dos treinamentos intensos, acaba passando do nível que é considerado saudável, gerando desgastes prematuros do aparelho locomotor.

 

Porém, o especialista não recomenda o sedentarismo. "São dois extremos de um mesmo problema. O excesso de treino e a falta de exercícios, nenhum deles é bom", afirma.

 

O fator emocional também pode gerar influência para as dores nas costas, mas não em uma hérnia. O ortopedista afirma que pessoas que tenham depressão, ansiedade ou estejam passando por problemas são mais propensas a ter dores na região lombar (lombalgia).

 

Fogaça afirma que o ideal, seja ao dançar funk ou para outros esportes, é praticá-los com moderação e sem movimentos bruscos. O ortopedista também recomenda a realização de atividades benéficas para a coluna, como pilates, hidroginástica e natação, para fortalecer a musculatura da região da cintura, proteger a coluna e compensar os exageros cometidos pelos outros esforços.

 

 

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Em casos de hérnias, como o da cantora, geralmente é realizado o tratamento de maneira conservadora, com repouso, analgésicos para a dor e a reabilitação por meio de fisioterapia e RPG. Casos mais graves, quando há perda de força, alterações no controle de urina e fezes ou em que há a falha do tratamento conservador após dois meses, podem exigir a realização de uma cirurgia.

 

"Após a recuperação, esses profissionais que precisam realizar esses esforços podem voltar gradualmente para suas atividades, mas devem ter maior atenção com sua coluna e praticar exercícios de fortalecimento para evitar novos problemas", afirma o médico.

 

R7

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