Deputada estadual é citada na investigação da Operação Maus Caminhos
Citada no inquérito da Operação Maus Caminhos por ter se beneficiado de propina por meio de hospedagens em hotel de luxo em Brasília, pagas pelo operador do esquema, o médico Mouhamad Moustafa, a deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) está de novo no “olho do furacão”.
Denúncias apontam que ela estaria realizando tráfico de influência dentro da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) em favor da empresa Vision Clínica de Olhos Ltda., que pertence a seu marido e que possui contrato com a secretaria.
Por mês, a empresa estaria recebendo da Susam R$ 1,2 milhão para realizar procedimentos oftalmológicos para paciente do SUS. O contrato entre a clínica e o governo, por meio da Susam, foi firmado em 2014.
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Esta semana, a deputada assinou o pedido de CPI da Saúde, de autoria do deputado José Ricardo (PT), sendo a sétima assinatura e, faltando apenas uma para que ele possa formalizar a investigação à mesa diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam).
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Entretanto, nos bastidores, afirma-se que a iniciativa de Alessandra de assinar o pedido seria uma estratégia para tirar o foco de si, já que, antes de assinar, teria se certificado entre os demais colegas deputados de que ninguém mais iria endossar a investigação, inviabilizando, dessa forma, a CPI.
No início do mês, o Ministério Público Federal incluiu o nome dela na denúncia contra os ex-secretários de saúde e o ex-governador José Melo. Para a Polícia Federal, Alessandra Campêlo recebeu benesses, oriundo de dinheiro desviado da saúde.