16 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política
29/06/2016

Economista renomado, Raul Velloso sugere prêmio de reconhecimento ao governador José Melo por manter o equilíbrio fiscal do Estado

Foto: Divulgação / Roda Viva

O economista Raul Veloso, considerado um dos mais respeitados especialistas em contas públicas do país, disse que José Melo deveria receber um prêmio de reconhecimento do Tesouro Nacional por manter as contas públicas do Amazonas em equilíbrio

As medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governador José Melo foram destacadas na noite de segunda-feira, dia 27 de junho, no Programa Roda Vida, da TV Cultura.

 

O entrevistado da noite, o economista Raul Veloso, considerado um dos mais respeitados especialistas em contas públicas do país, consultor econômico e colunista dos jornais O Estado de São Paulo e do Globo, disse que o governador José Melo, assim como os governadores do Espírito Santo, Paulo Hartung; de Rondônia, Confúcio Moura, e do Amapá, Camilo Capiberibe, deveriam receber um prêmio de reconhecimento do Tesouro Nacional por terem conseguido manter as contas públicas em equilíbrio, diante do cenário de crise. 

 

O comentário foi uma reação ao questionamento do apresentador do programa, o jornalista Augusto Nunes, de não ser uma injustiça o fato de o Governo Federal estar socorrendo alguns estados, a exemplo do Rio de Janeiro, que levaram sua economia ao colapso, em detrimento de outros que “cumpriram o dever de casa”.

 

 

“Alguns estados ou governadores adotaram medidas duras para conseguir o ajuste fiscal. Isso não aconteceu, por exemplo, no Rio de Janeiro, onde houve uma gastança irresponsável ao longo de todo o governo de Sérgio Cabral. E isso continuou. O Governo (Federal) está resolvendo a situação de alguns desses estados que estão quebrados. Isso aí não é injusto com quem fez o dever de casa?”, questionou o apresentador.

 

Em resposta, o entrevistado sugeriu a homenagem. “Tem quatro Estados que se enquadram nesse seu modelo. E eu também louvo e acho que nós deveríamos instituir um prêmio no tesouro nacional e homenagear esses quatro governadores”, disse Raul Velloso. 

 

Raul Veloso foi coordenador do Ipea entre 1981 e 1984 e secretário de Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento no governo José Sarney. Atualmente é membro do Conselho de Administração do BNDES, da Embraer e do IBGE. Em 2016, em parceria com os economistas Marcos Mendes e Paulo Springer de Freitas, lançou o livro “O dia do juízo fiscal”, que trata, entre outros temas, dos motivos que levaram a política fiscal brasileira à beira do colapso.

 

A bancada de entrevistadores do Roda Viva reuniu os jornalistas Dirceu Brisola (Brazil Now), Maria Cristina Farias (Folha), André Lahóz (Exame), Márcio Kroehn (Isto É Dinheiro) e Pedro Lobato (Estado de Minas). Com desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso o programa foi transmitido ao vivo pela TV Cultura. 

 

Cortando na carne

 

Fotos: Divulgação / Roda Viva

 

O Amazonas se destaca entre os poucos estados da federação que vêm conseguindo equilibrar suas contas em meio a uma das maiores crises econômicas registradas no País. Mesmo encabeçado a lista dos mais afetados pela queda na arrecadação, o Estado tem conseguido pagar salários dos servidores em dia (incluindo o 13º salário), manter serviços essenciais e o pagamento de fornecedores, além dos investimentos em obras que, apesar de terem reduzido, continuam a contribuir com a economia no Estado. 

 

De acordo com secretário de Fazenda Afonso Lobo, isto está sendo possível porque o governo começou a fazer os ajustes na hora certa e cortou na própria carne, sem comprometer o funcionamento da máquina administrativa e os serviços essenciais. 

 

Desde o início de 2015 foram feitas duas reformas administrativas no âmbito estadual com extinção e fusão de secretarias, cortes de quase mil servidores comissionados, redução de contratos e adoção de medidas para tornar a arrecadação mais eficiente. Em 2016, os ajustes continuaram e José Melo voltou a pedir às secretarias um plano de contenção de despesas, que dessa vez incluiu a redução da carga horária de oito para seis horas e a consequente suspensão do vale alimentação para quem adota o novo regime, renegociação e redução de contratos e convênios de prestação de serviços, suspensão de patrocínio a eventos culturais, além de anunciar um reordenamento na rede de saúde do Estado.

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