20 de Abril de 2024 - Ano 10
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16/01/2018

Em busca de apoio, Temer se aproxima de lideranças da sociedade civil

Foto: Agência O Globo

Foco do presidente é conquistar apoio para votação da reforma da Previdência

O presidente Michel Temer vai receber, nesta terça-feira, às 17h, o pastor José Wellington, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em São Paulo. Este é o segundo encontro com lideranças evangélicas no Palácio do Planalto esta semana.

 

A agenda, orquestrada principalmente pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, pretende garantir a recuperação da popularidade do presidente e conquistar apoio para as reformas propostas pelo governo. Ontem, Temer esteve com o apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. José Wellington, por sua vez, foi presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil e é um dos pastores mais influentes do país.

 

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O ministro Marun explicou ao Globo que a nova estratégia do Executivo é utilizar o período de recesso parlamentar para investir nas conversas com representantes da sociedade civil. A ideia é que o apoio da sociedade tranquilize os deputados na hora da votação da reforma da Previdência na Câmara. A bancada evangélica no Congresso é composta por cerca de 80 deputados e 4 senadores.

 

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— O presidente está conversando com lideranças a nível de Brasil. Estamos fazendo vários tipos de diálogo. Nós entendemos que um fator que ainda inibe algumas decisões de votos favoráveis é a justa preocupação com a questão eleitoral — ressaltou.

 

— Então, ao constatar que existe forte apoio da sociedade às reformas que estamos propondo, é natural que isso facilite o apoio do deputado em plenário. Em fevereiro voltamos a intensificar os contatos com os parlamentares — enfatizou Marun.

 

O mesmo é defendido pelo vice-líder do governo na Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP). Focado na busca pelos votos e responsável pela contabilidade do apoio à Previdência, Mansur esclareceu que as lideranças de setores importantes são grandes influenciadoras da tomada de decisão dos parlamentares.

 

— Você tem um empresário que, de alguma maneira, tem influência na mídia, com o governador, com os prefeitos. Você tem que aglutinar todo mundo para poder buscar esse voto do indeciso - destacou o deputado.

 

— Tem gente que não está querendo votar porque está achando que vai perder voto na eleição. O que, na minha opinião, é algo equivocado. A sociedade também vai cobrar lá na frente o deputado não votou a favor da reforma.

 

Na tarde desta terça-feira, tanto Marun quanto Beto Mansur estarão em agendas focadas no contato com representantes da sociedade civil. Enquanto o ministro tem um encontro com entes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-líder do governo vai participar de uma reunião com empresários de até 40 setores da atividade econômica.

 

— O Marcelo Caetano (Secretário da Previdência Social) vai para apresentar a emenda aglutinativa e a parte técnica. Continuamos buscando apoio. Acho que é importante, a sociedade está começando a entender a necessidade da reforma - destacou Beto Mansur.

 

 

Na quarta-feira, o ministro Carlos Marun segue até Minas Gerais para um encontro na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

 

Mansur defendeu ainda que a votação na Câmara não passe do dia 20 de fevereiro. O parlamentar argumentou que se o assunto for prolongado demais, o risco de não conseguir os 308 votos necessários pode aumentar.

 

— Prolongou, não dá certo. Já comentei isso, inclusive, com o presidente (Michel Temer) — disse o vice-líder.

 

O Globo

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