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16/02/2018

Em depoimento à Polícia Federal, José Melo diz que nada sabia sobre roubalheira em seu governo e joga a culpa em secretários

Foto: Divulgação

Ex-governador foi preso, pela segunda vez, no dia 31 de janeiro de 2017, acusado de participar do esquema de corrupção na Saúde

Preso há 47 dias no Centro de Detenção Provisório Masculino (CDPM), no km 8 da BR-174, o ex-governador José Melo (Pros) tem afirmado não saber de nada do esquema de corrupção que desviou mais de R$ 112 milhões da Saúde no Amazonas.

 

A declaração de Melo faz parte do primeiro depoimento que deu à Polícia Federal, em 21 de dezembro de 2017, logo após sua primeira prisão em decorrência da Operação Estado de Emergência, conforme apurado pelo PORTAL DO ZACARIAS.

 

No depoimento, dado ao delegado da Polícia Federal Alexandre Teixeira dos Santos, Melo afirmou que somente uma única vez teve contato com o médico Mouhamad Moutafa, quando foram apresentados no salão de embarque do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes pelo então chefe da Casa Militar, Wilson Martins. Moustafa é apontado como o chefe da organização criminosa que desviou dinheiro dinheiro da Saúde.

 

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Comendo o pão que o dia amassou: José Melo diz em audiência de custódia que, após ser preso, passou 5 dias sem dormir e sem se alimentar. 'Fui tentar comer (a comida do presídio) e vomitei tudo', queixou-se. VEJA VÍDEO

 

À ocasião, Mouhamad embarcava para São Paulo para acompanhar o empresário Francisco Batará (dono da Rede Diário de Comunicação), que havia sofrido um infarto, segundo relato de José Melo à PF.

 

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Melo enfatizou, em quase todo o depoimento, que não tinha como saber o que acontecia em seu governo, que tem mais de 40 mil servidores, centenas de escolas e unidades de saúde, entre outras coisas, e que, justamente por ser um poder descentralizador, cabia aos secretários a função de acompanhar e fiscalizar os contratos celebrados com prestadoras de serviço.

 

Ao ser novamente questionado sobre os fatos, ele afirmou que os papéis que chegavam à sua mesa para assinar já haviam passado, ordinariamente, pelo crivo da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e da Casa Civil e que, portanto, ele somente endossava o que ali estava exposto, uma vez que esses dois órgãos já haviam feito o “pente fino” nos contratos.

 

Ao longo do depoimento, ele foi questionado sobre sua proximidade com várias outras pessoas, como o marqueteito Egberto Batista – de quem ele disse ser amigo pessoal e, que inclusive, coordenou sua campanha de eleição em 2014 –,  e os empresários José Lopes, conhecido como Zé Lopes e, Francisco Ritta Bernardino, dono do Ariaú Amazon Towers.

 

Melo também foi questionado pelo delegado sobre a venda de sua lancha Tapiri IV por R$ 3 milhões e ainda sobre a compra de uma casa da empresária Emmanuelle Vilela Lins Garcia Gil, sócia da Universidade Nilton Lins.

 

Sobre essa transação imobiliária, ele afirma que ainda deve quatro parcelas de R$ 100 mil à antiga proprietária devido sua conta bancária está bloqueada pela Justiça. 

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