O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) durante entrevista
O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à TV Record, que será exibida na noite desta segunda-feira, que advertiu severamente seu filho, o deputado federal eleito por São Paulo Eduardo Bolsonaro, sobre as declarações feitas em um vídeo sobre um possível fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidenciável disse que não sabia da gravação, feita há quatro meses, e chamou o filho de 'garoto':
— Ele me disse, o garoto, que foi há quatro meses, uma pergunta sem pé nem cabeça, e que ele resolveu justificar. Errou, já pediu desculpas, eu já o adverti no tocante a isso. E reitero aqui meu profundo respeito e admiração por todos os poderes da República. Ele errou, jovem. Se tiver que pagar, que pague. Não é porque é meu filho que vai ficar isento. Mas ele já se desculpou do que falou há quatro meses, reconheceu o erro. Da minha parte, não é como pai apenas, mas como cidadão, isso é uma página virada. Ele já se desculpou e eu o adverti severamente.
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Bolsonaro disse que as manifestações de apoio a sua candidatura, que aconteceram no domingo, é 'sinal de confiança', e repetiu o discurso feito ao vivo, na Avenida Paulista, em São Paulo, de que vai "varrer do mapa esses bandidos vermelhos do Brasil".
— É a cúpula do PT, e a cúpula que teima em fazer com que brasileiros, que foram doutrinados por eles, têm que fazer algo que interessa para essa cúpula e não para o Brasil. Então essa cúpula do PT, do MST e do MTST vão ter que se adaptar às leis - e algumas nós aprovaremos dentro do parlamento - de modo que a gente tenha um país pacificado. Nós não podemos admitir, por exemplo, invasões de propriedades em nome de movimentos sociais. Esse é o recado que eu dei ontem.
Bolsonaro, no entanto, afirmou que respeita a oposição, e disse ainda que não pretende tratar os estados com governadores de outros partidos de forma diferente.
— Olha, não havendo como compor, ganha quem tem mais votos. Isso que eu tenho falado para os parlamentares que têm se aproximado de nós e querem um programa de governabilidade diferente do 'toma lá, dá cá'. Agora, é difícil você compor com PT, PCdoB e PSOL. Isso da minha experiência da Câmara. Acho muito difícil eles quererem dialogar, eles sempre querem fazer valer a sua vontade. Agora, no final das contas, ganha quem tem mais votos — disse ele, que falou ainda:
— Tem estado que temos governadores do PT ou PCdoB que nós não vamos fazer qualquer política diferente contra o estado por causa desses governadores. Nós vamos atender a população como um todo, independente de quem estiver comandando aquele estado.
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Ele evitou ainda reforçar o discurso de 'já ganhou', e falou que avisou para a sua equipe que o objetivo é se manter focado na eleição de domingo:
— Já falei para todo mundo, o jogo só acaba quando termina. E nós temos que nos manter mobilizados para o próximo domingo, porque tem muita gente que pode não ir votar, achar que já ganhou, deixar de pedir votos para o vizinho e o amigo. Devemos nos manter mobilizados porque só poderemos nos considerar realmente vitoriosos, quando lá para as 19h de domingo a gente tiver certeza de que a maioria dos votos foram contabilizados a nosso favor.
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