19 de Abril de 2024 - Ano 10
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02/04/2019

Em Israel, Bolsonaro volta a criticar metodologia do IBGE para medir desemprego

Foto: Reprodução

Presidente diz que "índices parecem feitos para enganar" e cita maior busca por vagas. Pesquisa constatou desalento recorde

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a metodologia adotada pelo IBGE para medir a taxa de desemprego no Brasil.

 

Em entrevista concedida na noite desta segunda-feira à TV Record, durante visita a Jerusalém, o presidente afirmou que o método utilizado para verificar o número de desocupados no país não corresponde à realidade. Segundo ele, "parecem índices feitos para enganar a população".


Em outubro do ano passado, na condição de presidente eleito, Bolsonaro já havia classificado a metodologia de cálculo de desemprego do IBGE como "farsa" . Na ocasião, após fala de Bolsonaro, o IBGE disse que a pesquisa de desemprego segue padrões internacionais .

 

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Na entrevista desta segunda-feira, Bolsonaro voltou a criticar o fato de que beneficiários do Bolsa Família não são considerados desempregados. E afirmou que, quando há aumento na procura por emprego, o desemprego sobe.

 

— Como é feita hoje em dia a taxa? Leva-se em conta quem está procurando emprego, só quem está procurando emprego. Quem não procura emprego, não é tido como desempregado (...). Então, quando há uma pequena melhora na questão do emprego no Brasil, essas pessoas que não estavam procurando emprego, procuram, e, quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego. É uma coisa que não mede a realidade. Parecem índices que são feitos para enganar a população — afirmou Bolsonaro.

 

Os números mostram, porém, que o aumento do desemprego em fevereiro, quando a taxa subiu para 12,4% e o total de desempregados voltou a superar 13 milhões, não foi provocado por uma maior procura por vagas.

 

Pelo contrário: o número de brasileiros desalentados, ou seja, que estão disponíveis para trabalhar, mas, por algum motivo, deixaram de buscar emprego, aumentou para 4,85 milhões, um patamar recorde, segundo a mais recente pesquisa do IBGE sobre o tema, de fevereiro.

 

 

Além disso, o número de brasileiros fora da força de trabalho, ou seja, que não estão nem empregados nem buscando emprego, também é recorde: 65,7 milhões.

 

Segundo o presidente, a metodologia usada pelo IBGE não é a mais correta.

 

— Quem gera emprego é o setor privado.Tenho dito aqui, fui muito criticado, e volto a repetir: não interessam as críticas. Eu tenho de falar a verdade. Com todo respeito ao IBGE, essa metodologia, em que pese ser aplicada em outros países, não é a mais correta.

 

Segundo o presidente, é fácil se chegar à metodologia correta no que diz respeito à taxa de desemprego:

 

— É você ver dados bancários e dados junto à secretaria de Trabalho, quantos empregos geramos a mais por mês ou quantos perdemos. É muito simples.

 

A secretaria de Trabalho divulga mensalmente o Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged). O Caged considera apenas os trabalhadores que têm carteira de trabalho assinada e são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As informações são prestadas pelas empresas, em seus registros de admissões e contratações.

 

No Caged, portanto, não são contabilizados trabalhadores sem carteira, nem os que trabalham por conta própria ou os funcionários públicos.

 

O levantamento do IBGE, chamado Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio contínua (Pnad) visita mais de 211 mil lares em 3.464 municípios de todo o país e investiga todos os tipos de ocupação no mercado de trabalho. Em fevereiro, o IBGE constatou que havia 92,1 milhões de brasileiros ocupados. Desses, apenas 33 milhões eram empregados com carteira assinada.

 

 

A pesquisa segue os parâmetros definidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 

Reforma da Previdência


O presidente reforçou que está pronto ao diálogo com o Congresso, e que a conversa com os parlamentares vai acontecer com maior intensidade a partir de agora. Quando à reforma da Previdênci a, Bolsonaro disse esperar que as propostas sejam aperfeiçoadas pelos parlamentares.

 

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— Fui deputado por 28 anos, conheço bastante o Parlamento. Vamos, com toda a certeza, chegar a bom termo, porque, o que eu apresentei ao Parlamento com a reforma da Previdência não é um projeto meu ou do meu governo, é do Brasil. O parlamento é muito importante para aperfeiçoar essas propostas. Não pode é ficar sem votar, porque daí o Brasil perde como um todo.

 

De acordo com o presidente, se o Brasil não aprovar a reforma da Previdência, o país estará a um passo de um caos econômico onde todos perderão:

 

— A bola está com o legislativo agora. Vão ter algumas pequenas brigas, mas que essas pequenas brigas não se trasnformem em um divórcio.

 

O Globo

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