Diferente de 2014, quando amealhou pouco mais de 180 mil votos nas urnas e cresceu como esperança de mudança no cenário político do Estado, o ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PR) parece depor contra a sua história ao se aliar a seu ex-desafeto Eduardo Braga (PMDB).
Na opinião de alguns analistas, Marcelo corre o risco de ir ao fundo do poço com Braga na atual eleição suplementar no Estado do Amazonas.
Ao aceitar ser vice do senador, ele pode protagonizar a reedição do vexame da dupla Alfredo Nascimento/Serafim Corrêa na batalha eleitoral de 2010.
Naquela ocasião, estabeleceu-se um “choque de eleitorados” e o resultado foi um desempenho eleitoral pífio da dupla.
Tudo indica que a popularidade que Ramos construiu em 2014 foi muito mais atingida quando o velho cacique Amazonino Mendes, em sua convenção na tarde desta sexta-feira, desancou o ex-parlamentar: “Ele veio se habilitar para ser o meu vice, mas eu não aceitei, porque sou coerente. Ele é uma pessoa que tem uma língua fácil, critica todo mundo, é muito jovem ainda e tem muito que aprender”.
Na quarta-feira passada, no calor dos encontros e divergências entre o governador interino David Almeida (PSD) e o senador Omar Aziz (PSD), um deputado estadual informou ao PORTAL DO ZACARIAS que Marcelo procurou David, naquele mesmo dia, oferecendo-se para ser seu vice, contrariando a vontade do presidente regional do PR, Alfredo Nascimento, que não concordava mais com a participação do partido no processo eleitoral deste ano.