19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
30/04/2019

Em reação à oposição, Maduro diz que tem lealdade de militares e convoca mobilização popular: 'Venceremos'

Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Pessoas reagem a bombas de gás lacrimogêneo atiradas perto da Base Aérea

 O presidente venezuelano Nicolás Maduro fez em rede social sua primeira manifestação sobre a mobilização liderada por Juan Guaidó para derrubá-lo, iniciada na manhã desta terça-feira (30) nas imediações da base aérea de La Carlota, em Caracas.

 

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"Nervos de Aço! Conversei com os comandantes de todas as REDI e ZODI do país, que me manifestaram sua total lealdade ao povo, à Constituição e à Pátria. Convoco a máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz. Venceremos!" , afirmou no Twitter.
Redi e Zodi são as siglas para Regiões de Defesa Integral e Zonas de Defesa Integral, respectivamente.


Juan Guaidó cumprimenta um militar perto de uma base aérea em Caracas

( Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

 

Mais cedo, Guaidó convocou a população às ruas e declarou ter apoio de militares para pôr fim ao que ele chama de "usurpação" na Venezuela.

 

Autoridades do governo falaram em tentativa de golpe de estado e convocaram apoiadores a se manifestar a favor de Nicolás Maduro. Houve disparo de bombas de gás nas ruas da capital, Caracas.

 

Guaidó afirmou em post em rede social que se encontra com as principais unidades militares das Forças Armadas e que deu início à fase final da chamada "Operação Liberdade" (leia mais abaixo).

 

Guaidó convoca venezuelanos para ir às ruas

 

"Povo da Venezuela, vamos à rua. Força Armada Nacional, a continuar a implantação até que consolidemos o fim da usurpação que já é irreversível", declarou Guaidó em post.


Em entrevista coletiva nesta manhã, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil espera que militares venezuelanos apoiem a "transição democrática" no país vizinho. Segundo Araújo, o Brasil ainda está reunindo informações sobre o que está ocorrendo no país vizinho nesta terça.

 

Nesta tarde, o presidente Jair Bolsonaro fará uma audiência de emergência para discutir a situação da Venezuela com o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além de Araújo.


O que aconteceu até agora


Presidente autoproclamado Juan Guaidó convoca população às ruas e diz ter apoio de militares.


Presidente Nicolás Maduro afirma que conversou com todos os comandantes das chamadas Redi (Regiões de Defesa Integral) e Zodi (Zona de Defesa Integral), que, segundo ele, manifestaram "total lealdade ao povo, à Constituição e à pátria".


Líder da oposição Leopoldo Lopez, que estava em prisão domiciliar após decisão sob o regime de Maduro, é liberado e vai às ruas ao lado de Guaidó.


Diosdado Cabello, que comanda a Assembleia Constituinte pró-Maduro, convoca apoiadores do governo a se dirigirem para o Palácio presidencial de Miraflores.


Policiais disparam bombas de gás contra manifestantes em Caracas. Segundo TV estatal, eles tentam dispersar "golpistas".


Ministro brasileiro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirma que o Brasil espera que militares venezuelanos apoiem a "transição democrática" no país vizinho.


Secretário de estado dos EUA, Mike Pompeo, diz que governo norte-americano "apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia".


Outras reações do governo de Maduro


Antes da manifestação de Maduro, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, já havia afirmado que as Forças Armadas seguirão firmes "na defesa da Constituição nacional e das autoridades legítimas" e que os quartéis reportam normalidade nas bases.

 

O ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, afirmou que um "grupo reduzido" de militares "traidores" se posicionou para "promover um golpe de estado", mas que estavam sendo "enfrentados" e "desativados".

 

O procurador-geral venezuelano, Tarek William Saab, alertou que o Ministério Público está juntando provas contra os "reincidentes nesta tentativa de atividade conspiratória à margem da legalidade".

 

Estados Unidos


O secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou, também por meio de rede social, que o governo norte-americano "apoia plenamente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia". "A democracia não pode ser derrotada", diz o post.


Ações da oposição

 


Leopoldo Lopez, que cumpria prisão domiciliar, ao lado

de militar ao lado de base aérea em Caracas

(Foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

 

Em um vídeo postado em rede social, Guaidó aparece ao lado de Leopoldo López, um outro opositor, que cumpria prisão domiciliar imposta sob o regime de Maduro. Segundo Guaidó, o governo autoproclamado [de oposição a Maduro] libertou López, que seguiu para as ruas.

 

"Este é o momento, a convenção é mundial, acabem com a usurpação, todos saiam às ruas", afirmou López.


Inicialmente, Guaidó e outros oposicionistas se concentraram perto da base aérea militar conhecida como La Carlota. A base fica na região leste de Caracas, a cerca de 13 quilômetros do Palácio Miraflores, sede do governo. Em 2002, o local foi declarado zona de segurança militar. Os voos para lá estão proibidos desde 2014, de acordo com o jornal colombiano “El Mundo”.

 

Ainda nesta manhã, foram registrados conflitos na capital venezuelana, Caracas, em que houve disparo de bombas de gás. De acordo com a rede de televisão estatal Telesur, policiais tentaram dispersar com gás lacrimogêneo aqueles considerados "golpistas".

 

Crise na Venezuela


A tentativa de derrubar o regime de Nicolás Maduro é o mais recente capítulo na profunda crise política da Venezuela. Há mais de 15 anos, a Venezuela enfrenta uma crescente crise política, econômica e social.

 

O país vive agora um colapso econômico e humanitário, com inflação acima de 1.000.000% e milhares de venezuelanos fugindo para outras partes da América Latina e do mundo.

 

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Neste mês, diversas interrupções no fornecimento de energia e água ameaçaram uma catástrofe sanitária. A ONG norte-americana Human Rights Watch disse que a saúde do país está sob "emergência humanitária complexa".

 

G1

 

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