18 de Abril de 2024 - Ano 10
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15/12/2017

Emílio Odebrecht anunciará nesta sexta saída do grupo

Foto: Caio Guatelli / Agência O Globo

Comunicado será feito em reunião em Salvador (BA) para executivos da empreiteira

O presidente do conselho e sócio majoritário da Odebrecht, Emílio Odebrecht, anunciará na manhã desta sexta-feira que deixará o cargo.

 

O comunicado será feito em uma reunião realizada em Salvador (BA) para mais de cem executivos da empreiteira. Apesar do anúncio ser feito agora, a ideia é que ele Emílio deixe a empresa na assembleia de acionistas prevista para março. É nessa reunião que as contas da Odebrecht são debatidas e aprovadas.

 

Emílio, que foi presidente da empresa de 1991 a 2002, já estava afastado do dia a dia da Odebrecht há mais de dez anos e morando em Salvador. No entanto, se viu obrigado a reassumir o comando da empresa após o filho, Marcelo, ser preso em junho de 2015 na operação Lava-Jato. Na época era ele quem presidia o grupo baiano.

 

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O patriarca também foi um dos 77 executivos da empreiteira que firmaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Na negociação, porém, ficou acertado que antes de cumprir a pena de quatro anos ele teria dois anos de anistia, a partir da assinatura do acordo, para fazer a transição de lideranças da empresa.

 

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O patriarca decidiu não usar todo esse tempo e saiu um ano após se tornar colaborador. Quando a sua pena for executava pelo juiz, Emílio cumprirá os dois primeiros anos em prisão domiciliar no regime semiaberto, quando deverá se recolher em casa à noite. Os dois anos restantes da pena serão cumpridos em regime aberto, quando ele deverá estar em casa nos finais de semana. Emílio usará tornozeleira eletrônica nesse período.

 

No início da semana, o executivo emitiu um comunicado aos funcionários da companhia informando que nenhum integrante de sua família poderá ocupar o cargo de presidente da holding que controla as empresas do grupo.

 

Com a decisão, a empreiteira tenta se proteger de intervenções de familiares na administração e também de um eventual retorno do próprio Marcelo, que irá cumprir prisão domiciliar a partir da próxima semana. Pai e filho estão rompidos há cerca de um ano, devido às tratativas da delação premiada do grupo. Marcelo se sente injustiçado, acredita que não foi defendido por Emílio e que o patriarca ajudou a colocar na sua conta mais crimes do que cometeu.

 

O Globo

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