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Carnaval 2020
12/03/2017

Estandarte de Ouro premia a Mangueira como a melhor escola de 2017

Foto: Reprodução / O Globo

Na festa promovida pelo O Globo, a União da Ilha arrebatou três prêmios e foi um dos destaques da edição

O samba invadiu a Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, e se sentiu em casa na noite do último sábado. Pela primeira vez, o espaço foi palco da cerimônia do Estandarte de Ouro, prêmio oferecido pelo jornal O Globo, com direito a uma roda de samba após o encerramento da premiação.

 

A 46° edição da honraria, considerada o “Oscar do samba”, homenageou os melhores da Sapucaí em 2017. Na principal categoria, a Estação Primeira de Mangueira foi consagrada a melhor escola do carnaval pelo segundo ano consecutivo.

 

A vibração da agremiação, a garra da comunidade e a beleza das fantasias e alegorias apresentadas pela verde e rosa garantiram o principal prêmio pelo segundo ano consecutivo. A Estação Primeira é a maior vencedora do Estandarte com 88 troféus. “Lavagem do Bonfim”, também da Mangueira, foi considerada a melhor ala.

 

Responsável pelo desfile da verde e rosa pelo segundo ano seguido, o carnavalesco Leandro Vieira agradeceu a oportunidade:

 

— Mais uma vez eu só quero agradecer a todas as oportunidades que me são dadas, ao presidente por acreditar mais um ano. Esse prêmio é de cada componente apaixonado da Mangueira, espalhado por todo o mundo. A bandeira da Mangueira é a do samba. Todo apaixonado do samba quer ver a Mangueira bem. Obrigado ao presidente que plantou meu umbigo no morro e a comunidade que rega todos os dias — agradeceu Leandro, que renovou com a escola para mais dois carnavais: — Fico até o fim do mandato do Chiquinho (da Mangueira, presidente da escola).

 

O prêmio da noite foi entregue por outra ilustre mangueirense. Coube à secretária municipal de Cultura, Nilcemar Nogueira, a missão de entregar o principal troféu da noite. A neta de Cartola e Dona Zica reforçou que a Cidade das Artes, palco habitual de outras manifestações culturais, também pertence ao gênero.

 

— Queremos que todas as linguagens se sintam pertencentes desse espaço. O slogan da nossa pasta traduz o que vamos fazer, que é trabalhar pela diversidade. Criei o Museu do Samba, que é o quilombo dos sambistas. O samba estará incluído na minha pauta. Não posso deixar de evocar os meus avós. Como eu vim dessa escola eu sou super feliz.

 

Não precisava da defesa da secretária. O samba se sentiu em casa. A cantora Dorina interpretou clássicos do gênero, como “Folhas Secas”, de Nelson Sargento, e “O sol nascerá”, de Cartola e Elton Menezes. A cerimônia foi apresentada pelo radialista Antônio Carlos.

 

Bateria da Ilha levantou público

 

A Acadêmicos do Salgueiro e a União da Ilha arrebataram três troféus cada uma e saíram da Cidade das Artes como as maiores vencedores da noite. O Estandarte de Ouro de melhor bateria foi para a tricolor insulana, responsável por embalar os foliões. Os ritmistas, comandados pelo mestre Ciça, embalaram o público presente na Grande Sala da Cidade das Artes, que levantou das cadeiras e mostrou que não é ruim da cabeça e nem doente do pé.

 

Já o intérprete Ito Melodia comemorou o prêmio de melhor puxador lembrando a trajetória do pai:

 

— Uma honra cantar na Ilha e continuar o trabalho de Haroldo Melodia. Obrigado mundo do samba! Mais um prêmio maravilhoso que eu ganho!

 

Veterano de Estandarte de Ouro, o coreógrafo Carlinhos de Jesus arrebatou seu sétimo prêmio — o sexto como coreógrafo. O bailarino e professor de dança, que já conquistou o prêmio como passista, recordou que coreografou a comissão da escola em 2005, mas não assinou porque ocupava o posto na Estação Primeira de Mangueira.

 

— Foi a primeira comissão afro que fiz. Um desafio. Receber esse prêmio, o sexto em comissão de frente, é uma agradável satisfação. Ganhei meu primeiro Estandarte como passista, em 1985. A Ilha é uma escola bem leve e aceitou muito bem o meu trabalho. É o primeiro Estandarte fora da Mangueira — relembra.

 

O melhor mestre-sala foi Sidclei, do Salgueiro. A vermelha e branca da Tijuca também levou a estatueta de melhor passista masculino com Emerson Faustino, além da melhor ala de passistas.

 

— Já tive o prazer (de ser premiado) como passista, mas era um sonho muito antigo ganhar com a ala. Fiz um texto e esqueci de trazer, mas não vou deixar de falar. Diretor de carnaval Alexandre sem você eu nao ia conseguir. Voce me escutou. Agradeco a Regina. Vou quebrar o protocolo. É isso. Obrigado Regina e marcelo e minha ala.

 

Após conquistar o público no domingo de carnaval, o samba-enredo da Beija-Flor levantou os sambistas na Barra da Tijuca. A obra de Claudemir, Maurição, Ronaldo Barcellos, Bruno Ribas, Fábio Alemão, Wilson Tatá, Alan Vinicius e Betinho Santos cantou a história do poema “Iracema”, de José de Alencar.

 

O Globo

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