23 de Abril de 2024 - Ano 10
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Internacional
25/02/2019

Ex-diretor do FBI afirma que Trump quer guerra na Venezuela por causa do petróleo

Foto: Reprodução

Declaração, que teria sido feita pelo presidente em 2017, está em livro Andrew McCabe, demitido dias de se aposentar

Em julho de 2017, em um encontro particular com funcionários de Inteligência, o presidente Donald Trump teria questionado por que os EUA não estavam em guerra com a Venezuela, observando que “eles têm todo esse petróleo e estão na nossa porta dos fundos”.

 

A afirmação aparece em uma passagem de um livro do ex-diretor do FBI, Andrew McCabe — que tem um relacionamento conturbado com o presidente.


“Eu não entendo porque não estamos olhando para a Venezuela. Por que não estamos em guerra com a Venezuela? Eles têm todo o petróleo e estão na nossa porta dos fundos”, teria dito o presidente dos EUA, segundo McCabe. Ele foi informado das declarações por outro agente do FBI, que estava presente na sala.


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De acordo com os trechos do livro, o presidente fez os comentários durante uma reunião sobre espiões russos. “Esse (Venezuela) é o país com o qual deveríamos entrar em guerra”, teria dito Trump. Se as declarações forem verdadeiras, podem explicar, em parte, o forte interesse do presidente americano em derrubar o presidente do país, Nicolás Maduro.


Na última terça-feira, o ex-diretor do FBI explicou os comentários em uma entrevista a Lawrence O'Donnell, da MSNBC.


“Essas declarações nos deixaram profundamente preocupados”.


McCabe e Trump tem um longo histórico de desavenças. O presidente criticou Jill McCabe, mulher de Andrew, por receber apoio do Partido Democrata da Virgínia e de um PAC ligado a Hillary Clinton quando ela concorreu a uma cadeira no Senado estadual. Trump também atacou o próprio McCabe no Twitter diversas vezes, chamando-o de mentiroso, “perdedor” e “fantoche”.

 

“Esse (Venezuela) é o país com o qual deveríamos entrar

em guerra”, teria dito Trump (Foto: Reprodução)


McCabe foi demitido em janeiro de 2017 pelo então procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, dias antes de se aposentar, decisão que lhe retirou parte da aposentadoria. A demissão aconteceu após mais de um ano de críticas de Trump e de líderes republicanos, que o acusavam de ser próximo dos democratas.


No comunicado oficial que justificava a decisão, Sessions esclarecia que uma investigação interna do FBI e do Departamento de Justiça concluira que McCabe deu informações, de forma não autorizada, a meios de comunicação e mentiu, mesmo sob juramento.


Em março de 2017, o próprio Sessions se declarou impedido de supervisionar a investigação sobre a campanha eleitoral de Trump, por ter feito parte da campanha.

 

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Ameaças contínuas


Trump já fez várias ameaças de guerra contra a Venezuela. Em agosto de 2017, perguntou continuamente a seus principais assessores sobre uma opção militar para derrubar Maduro e reprimir a crescente crise política e econômica no país, de acordo com vários relatórios.


H. R. McMaster, então conselheiro de Segurança Nacional, foi contrário, explicando ao presidente que uma invasão provavelmente não funcionaria e colocaria aliados regionais contra os EUA.


Apesar disso, um dia depois de ter conversado com McMaster, Trump ameaçou publicamente uma “opção militar” para a Venezuela enquanto conversava com repórteres em seu clube de golfe em Bedminster, Nova Jersey.


O governp Trump continua dizendo “todas as opções estão na mesa” quando se trata da Venezuela, o que significa que uma opção militar ainda é viável.

 

O Globo

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