Muitos fungos, no entanto, vão direto ao sistema básico de reprodução, ou seja, promovem a simples união de DNA de dois indivíduos diferentes no interior de uma célula que, por sua vez, se multiplicará e formará um novo organismo.
Para realizar o processo, basta que dois organismos de sexos diferentes se encostem e formem um corredor entre suas células por onde seguirão para encontro os núcleos com material genético. Resumidamente, esta é a prática adotada pelo fungo Schizophyllum commune.
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Como é possível e por que ter mais de 23 mil sexos?
Mas se o processo de inseminação é tão simples, por que o Schizophyllum commune possui um número tão elevado de sexos (são, no total, 23.328 variações)? Ao contrário dos seres humanos, que têm o gênero definido por um par de cromossomos (XX e XY), entre os fungos a identificação não é feita por cromossomos, mas sim por pares de genes alelos.
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Foto: Reprodução
Tendo em mente que cada casal de fungo fornece um cromossomo e cada cromossomo abriga dois genes alelos, as combinações de sexos possíveis é de quatro no total: AA, AB, BA, BB. No caso do Schizophyllum commune, por terem mais de 300 alelos possíveis na posição A e 90 possíveis na posição B, a quantidade de combinações pode, portanto, chegar ao imenso número que ultrapassa os 23 mil.
E saiba que existe uma razão para o número tão elevado: o processo alta a variabilidade genética do fungo, algo que faz com que a espécie seja capaz de prosperar na natureza.
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