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29/10/2017

Existimos graças às bactérias: como elas tornaram a Terra perfeita para vida humana?

Foto: Reprodução

Eram bactérias unicelulares sem núcleo organizado

Os primeiros seres vivos a habitarem nosso planeta foram as bactérias, que surgiram entre 3,2 a 3,6 bilhões de anos atrás. E são elas as responsáveis pelo processo que resultou no ar que respiramos e, consequentemente, em uma Terra possível de ser habitada por modos de vida mais complexos, como vegetais e animais.

 

Como bactérias permitiram vida complexa na Terra


Entre 3,2 e 3,6 bilhões de anos atrás, uma combinação de meteoritos e água quente levou à produção das primeiras formas de vida terrestre. Eram bactérias unicelulares sem núcleo organizado que necessitavam do calor oriundo das águas vulcânicas e da luz do Sol para produzir energia para crescerem e se reproduzirem.

 

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Ao longo de, literalmente, milhões de anos, as bactérias se desenvolveram seres vivos mais completos, capazes de realizar processos mais complexos de produção de energia.

 

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Neste período se desenvolveu um dos mecanismos mais importantes na história do planeta: fotossíntese, ou seja a produção de energia a partir da luz solar, que libera oxigênio na atmosfera. Mas, durante muito tempo, o oxigênio foi absorvido por gases mais pesados e se diluiu.

 

Cianobactérias oxigenaram a Terra


Na evolução nas bactérias, houve um momento chave. De acordo com o artigo Cyanobacteria and the Great Oxidation Event: evidence from genes and fossils (Cianobactéria e o Evento da Grande Oxidação: evidências de genes e fósseis, em tradução livre), há 2,5 bilhões de anos, as cianobactérias conseguiram formar estrutura multicelulares.

 

Elas conseguiram chegar a isso agindo como se fossem peças de quebra-cabeça que se encaixavam e foram capazes de tornar a fotossíntese muito mais eficiente - hoje, chamamos essa estrutura de alga. “A multicelularidade, como uma grande inovação evolutiva, pode ter servido para superar restrições evolutivas”, explica o artigo.

 

 

“As cianobactérias foram um dos fatores mais importantes das inovações biológicas, impactando fortemente os ambientes primitivos da Terra. No final do período Eon Archeano, elas foram responsáveis ??pela rápida oxigenação da atmosfera da Terra durante um episódio referido como o Grande Evento de Oxidação”, diz o texto, cuja principal autora é Bettina E. Schirrmeister.


Oxigênio criou camada de ozônio e energia


A vida começou como mera reação química. E a produção de oxigênio também: na fotossíntese, o gás é inútil para as bactérias e elas o liberam na atmosfera. “Quando a vida surgiu, não tinha oxigênio nessas condições, até que surgiu este processo”, explica Luiz Almeida, doutor em microbiologia pela Universidade de São Paulo.

 

“Foi a primeira grande onda de poluição da Terra. Os seres anaeróbicos consumiam gás carbônico e enviavam oxigênio para fora”, contextualiza o biólogo. Quando aconteceu o Grande Evento de Oxidação, a Terra ficou tão saturada de oxigênio que ao longo dos dois últimos bilhões de anos criou-se até a camada de ozônio, que bloqueia a entrada de raios ultra-violetas e permite, assim, vida em terra e não somente na água.

 

 

As condições planetárias se tornaram, então, melhores para a vida, assim como as condições biológicas. O oxigênio foi a fonte de energia ideal para que as células e organismos se desenvolvessem melhor. “Quando reage, o oxigênio produz muito mais energia que outros tipos de gases. O microbiólogo explica que o metabolismo do oxigênio produz 16 vezes mais energia que o gás carbônico, por exemplo.


Por que também foi uma "Catástrofe do Oxigênio"?


As evidências indicam que o Grande Evento de Oxidação ocorreu entre 2,45 e 2,32 bilhões de anos atrás. O planeta foi totalmente transformado, uma vez que o elemento se tornou abundante na água e no ar. E o resultado foi trágico: em um primeiro momento, a Terra viu o maior evento de extinção de espécies em massa de sua história.

 

Incontáveis tipos de bactérias, cianobactérias, vírus, entre outros tipos de vida primitivos não suportaram as mudanças. A longo prazo, contudo, a oxidação permitiu que novos tipos de vida surgirem: quando organismos aprenderam a sintetizar o gás, ganharam uma nova e poderosíssima fonte de energia.

 

O oxigênio permitiu que os organismos fossem mais ativos e pudessem crescer mais e mais rápido. Tornaram-se, com o tempo, mais complexos a ponto de virarem plantas, peixes e animais, como nós.

 

Fotos: Reprodução


A quantidade de oxigênio na atmosfera está em 21% hoje, mas variou ao longo desses bilhões de anos - seu pico foi de 32,5%, no período Carbonífero, cerca de 300 milhões de anos atrás.

 

Vix.com

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