Pieter Doorewaard e Philip Schutte
Dois fazendeiros foram condenados pela morte de um adolescente negro na África do Sul, nesta quarta-feira. Pieter Doorewaard, de 28 anos, e Phillip Schutte, de 35, receberam penas de 18 e 23 anos, respectivamente.
O crime aconteceu em 2017 e a vítima, identificada como Matlhomola Mosweu, é suspeita de ter roubado apenas um girassol da propriedade.
À época com 15 anos, o adolescente morreu depois de ter sido jogado de um carro em movimento, conduzido pela dupla de fazendeiros — na queda, ele quebrou o pescoço. O caso aconteceu em Coligny, uma cidade agrícola do país.
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Os dois chegaram a alegar que o adolescente teria pulado da van, enquanto era levado para a polícia. Mas Schutte foi apontado como aquele que atirou a vítima para fora do veículo.
O juiz que proferiu a sentença, Ronald Hendricks, também culpou os dois homens por sequestro e intimidação.
— O assassinato é, sem dúvidas, o mais grave do que pode ser cometido. Você pegou a vítima e a jogou da van no chão. Foram vergonhosas suas ações naquele dia — disse o magistrado.
O juiz também fez uma pausa para que seus comentários fossem traduzidos para o africâner, lingua falada por alguns fazendeiros brancos na África do Sul.
Apesar da condenação, o pai do adolescente, Sakie Dingake , disse que "esperava uma pena de mais de 30 anos".
— É tão doloroso para mim porque meu filho se foi, não vai voltar. Essas pessoas vão para a cadeia, mas existe a possibilidade de que, se elas se comportarem, obterem liberdade condicional e sair".
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A cidade em que aconteceu o crime fica em uma área remota da África do Sul. Segundo informou a AFP, incidentes entre proprietários e gerentes brancos de fazendas e pobres fazendeiros negros são comuns no país.
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