20 de Abril de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Política
02/06/2019

Flávio Bolsonaro empregou assessores que recebiam salário, mas ficavam longe da Alerj

Foto: Daniel Marenco / Agência O Globo

Senador Flávio Bolsonaro no plenário

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) empregou nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro , no período em que foi deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). 

 

A maioria deles vive em Resende, no Sul do estado do Rio e todos tiveram o sigilo fiscal e bancário quebrado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio.

 

Nas últimas semanas, O GLOBO apurou que ao menos quatro deles têm dificuldades para comprovar que, de fato, assessoraram Flávio. Em Resende, o vendedor aposentado José Procópio Valle e Maria José de Siqueira e Silva, pai e tia de Ana Cristina, jamais tiveram crachá funcional da Alerj. Ele ficou lotado cinco anos e ela, nove.

 

Veja também 

Eduardo Cunha é transferido para o RJ após 2 anos preso em Curitiba

 

Apesar de ter nascido em Resende, a cidade não é reduto eleitoral de Flávio. Ele também não possui escritório político lá. A irmã Andrea Siqueira Valle e o primo Francisco Diniz constaram como funcionários por mais de uma década e só há registro de crachá para o ano de 2017. Diniz é o que ficou mais tempo lotado, um total de 14 anos. Durante esse tempo, ele cursou a faculdade de veterinária, em período integral, em Barra Mansa, também no Sul do estado.

 

O grupo de familiares é alvo da investigação que apura a prática de "rachadinha" no gabinete, devido às movimentações atípicas, em um total de R$ 1,2 milhão, de Fabrício Queiroz, outro ex-assessor.

 

O senador disse que os parentes da ex-mulher do presidente foram nomeados em seu gabinete eram "qualificados para as funções que exerciam".

 

Por meio de nota, Flávio disse que eles “trabalharam em diferentes áreas, mas sempre em prol do mandato, tanto que as votações enquanto deputado estadual foram crescentes”.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook e no Twitter.  

 

Segundo o senador, as contratações dessas pessoas ocorreram "de forma transparente e de acordo com as regras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)". A execução do trabalho, diz o senador, também "ocorreu de acordo com as normas". Ele disse ainda que os cargos comissionados da Alerj são de duas naturezas: "técnica (com o profissional no gabinete) e de natureza política (com o profissional na base eleitoral)".

 

O senador, porém, não respondeu as perguntas formuladas pelo GLOBO. A reportagem informou sobre a falta de crachás para seus assessores e questionou como Francisco Diniz trabalhava para ele quando estava cursando faculdade integral de Veterinária em Barra Mansa.

 

Extra

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.