19 de Abril de 2024 - Ano 10
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Política
20/10/2017

Governo resolve punir deputados da base que votarem contra Temer na análise da denúncia

Foto: Edu Andrade / Fatopress / Agência O Globo

Planalto quer saber se número de aliados é suficiente para aprovar reforma da Previdência

O Palácio do Planalto e os parlamentares da tropa de choque resolveram endurecer o discurso e avisar os integrantes da base governista que haverá punição para os deputados que votarem contra o presidente Michel Temer na análise da segunda denúncia no plenário da Câmara.

 

A estratégia, segundo um interlocutor de Temer, é, desta vez, usar a votação da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para saber qual é a "base real" do governo e avaliar se é possível ou não votar, em seguida, medida polêmicas da agenda econômica.

  

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O esforço é para manter pelo menos o placar de 263 a favor de Temer, obtido na votação da denúncia anterior, por corrupção passiva, no dia 2 de agosto. Segundo um interlocutor do presidente, nem todos os que votaram contra o governo na análise da primeira denúncia perderam seus cargos. O Planalto adotou algumas punições, mas depois recuou diante do temor de que não pudesse contar com os parlamentares em futuras votações. Na época, já se sabia que haveria uma segunda acusação contra Temer feita pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, desta vez por obstrução à Justiça e participação em organização criminosa.

 

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— É a última chance de ver quem é base ou não. Temos que pedir a base real. Se a gente ver que a base não dá para votar a reforma da Previdência, por exemplo, deixa para lá, para o próximo governo — disse um integrante do Planalto.

 

Os integrantes da tropa de choque já alertaram os parlamentares sobre o aviso do Planalto. Os mais experientes acreditam que é a velha barganha política às vésperas de uma votação, a fim de aumentar a "fatura". Ao mesmo tempo que ameaça punir, o Planalto procura atender pedidos dos partidos do chamado centrão: PR, PTB, PRB, PSD e PMDB.

 

Em agosto, PR, PTB, além do PMDB, foram fundamentais para a vitória de Temer. O PR e o PTB prometeram total fidelidade na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e "entregaram" todos os votos para Temer, nas duas votações na CCJ. O governo já está atendendo pedidos, como empenho das emendas parlamentares no tocante à verba que ainda está disponível e preenchimento de cerca de 20 cargos. Líderes aliados avaliam que o placar poderá oscilar um pouco no plenário, na próxima quarta-feira, como ocorreu na CCJ, onde o governo perdeu dois votos. Mas ressaltam que a situação é confortável, até porque a oposição precisa de 342 votos para dar seguimento à denúncia, o que ela não tem.

 

O Globo

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